O consumo de açaí pode ter saído de moda no Sudeste do Brasil, mas na floresta amazônica a palmeira mantém presença dominante. É a árvore mais comum por lá, revela estudo de fôlego que sai hoje na revista "Science".
O levantamento coordenado por Hans ter Steege, da Universidade de Utrecht (Holanda), reuniu dados sobre 1.170 parcelas espalhadas pelos 6 milhões de km² da floresta amazônica (dois terços deles no Brasil).
A principal conclusão é que, das estimadas 16 mil espécies arbóreas amazônicas, uma minoria de 227 (1,4%) responde por metade dos 390 bilhões de árvores que o estudo calcula haver na maior floresta tropical do mundo.
A espécie individualmente mais abundante é um tipo de açaí (Euterpe precatoria). Somado com o outro açaí que aparece em sexto na lista (E. oleracea), mais usado para alimentação, são 9 bilhões de plantas --mais de um açaí para cada habitante da Terra.
"Não esperava um número tão grande de palmeiras", diz Rafael Salomão, um dos 120 coautores do artigo. O engenheiro florestal do Museu Emílio Goeldi, em Belém, contribuiu para o estudo com inventários de 105 parcelas.
Salomão diz que, na sua experiência, as árvores mais abundantes são também as mais úteis para os seres humanos, como a seringueira. Embora a hipótese ainda careça de comprovação, o grupo investiga agora se esse padrão pode ser resultado de um manejo da floresta por populações pré-colombianas.
Em contraste com essas espécies "hiperdominantes", a biodiversidade amazônica também se excede na outra ponta: 5.800 espécies contam com menos de mil indivíduos. É grande o risco de que se extingam antes mesmo de serem descritas pela ciência.
"Imagine achar uma espécie com poucos milhares de indivíduos entre 300 bilhões numa área de 6 milhões de km²", afirma Hans ter Steege. "Achar uma agulha no palheiro deve ser mais fácil."
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Palmeiras dominam Amazônia, revela maior inventário já feito
domingo, 11 de abril de 2010
domingo, 28 de março de 2010
quinta-feira, 25 de março de 2010
sexta-feira, 19 de março de 2010
A nova revolução industrial
Átomos são os novos BITS
Desenhe um produto inovador, faça os protótipos em casa e contrate uma empresa chinesa para fabricá-lo. A manufatura em pequena escala é a próxima revolução industrial
Empreendedores trabalham em uma estação da TechShop: democratização das fábricas
Empreendedores trabalham em uma estação da TechShop: democratização das fábricas
Por CHRIS ANDERSON* | 17.02.2010 | 16h51
A porta de uma fachada de loja do tamanho de uma secadora de roupas num parque industrial em Wareham, em Massachusetts, 1 hora ao sul de Boston, pode não parecer um portal para o futuro da produção industrial americana, mas é. Essa é a sede da Local Motors, a primeira companhia automobilística aberta a alcançar o estágio de produção. Dê um passo para dentro e o escritório surge como um exemplo revelador do poder das microfábricas.
Em junho, a Local Motors lançará oficialmente o Rally Fighter, um carro esportivo fora de estrada (mas bom para ruas) de 50 000 dólares. O design foi terceirizado para as multidões, assim como a escolha dos componentes, a maioria deles de prateleira. A montagem final será feita pelos consumidores em centros de montagem locais como parte de uma “experiência de construção”. Há vários outros projetos em andamento, e a companhia diz que pode desenvolver um novo veículo dos esboços ao lançamento em 18 meses, aproximadamente o tempo que Detroit leva para mudar um trinco de porta. Cada design é lançado sob uma licença Creative Commons para ser compartilhada. Os consumidores são encorajados a aprimorar os designs e a produzir os próprios componentes, que poderão vender a seus pares.
Um problema do negócio de kits de carros, porém, é que os veículos são tipicamente inspirados em carros esportivos e de corrida, e com isso as ações judiciais e as tarifas de licenciamento são um ônus constante. Isso dificulta o lucro e limita o crescimento do setor, apesar do boom do “faça você mesmo”. Jay Rogers, presidente da Local Motors, pensou num modo de contornar isso. Sua empresa optou por designs inteiramente originais. Eles não evocam carros clássicos, mas repensam o que um carro pode ser. A carroceria do Rally Fighter foi desenhada por uma comunidade de voluntários conectada pela internet. O carro tem um frescor visual incrível - um cruzamento de carro de corrida Baja com avião de caça Mustang P-51. Mas esse processo não foi nenhum politburo. Foi mais uma competição. O vencedor foi Sangho Kim, artista gráfico de 30 anos. Quando a Local Motors pediu para a comunidade apresentar ideias para veículos de próxima geração, os desenhos de Kim cativaram a turma. Não haveria um prêmio, mas a companhia deu 10 000 dólares a Kim. A Local Motors desenhou ou selecionou o chassi, o motor e a transmissão. Essa combinação - profissionais cuidam de elementos críticos para performance, segurança e fabricação, enquanto a comunidade desenha as partes que darão ao carro forma e estilo - permite que o crowdsourcing funcione mesmo para um produto cujo uso tem implicações de vida e morte.
A Local Motors pretende lançar entre 500 e 2 000 unidades de cada modelo. Trata-se de um veículo de nicho; ele não competirá com as grandes fabricantes, mas preencherá as lacunas para designs exclusivos. Rogers usa a analogia de um pote com bolas de gude, cada uma delas representando um veículo de uma grande empresa automobilística. Entre as bolas há espaços vazios que serão preenchidos por grãos de areia - e esses grãos são os carros da Local Motors.
ESTA É A HISTÓRIA DE DUAS décadas em uma sentença: se os últimos dez anos representaram a descoberta de modelos sociais pós-institucionais na web, os próximos dez serão de sua aplicação no mundo real. Este artigo é sobre os próximos dez anos.Uma mudança transformadora ocorre quando indústrias se democratizam, quando elas são arrancadas do domínio exclusivo de empresas, governos e outras instituições e entregues a pessoas comuns. A internet democratizou a comunicação, e por consequência a indústria editorial e a radiodifusão. O resultado foi um aumento maciço tanto de participação como de participantes em tudo o que é digital - a cauda longa de bits. Agora o mesmo está ocorrendo na fabricação - a cauda longa das coisas.
As ferramentas de produção fabril, da montagem de eletrônicos à impressão 3D, estão agora à disposição de indivíduos em quantidades tão pequenas que podem ser de até mesmo uma simples unidade. Qualquer pessoa com uma ideia e um pouco de expertise pode pôr em movimento linhas de montagem na China com nada mais que seu laptop. Alguns dias depois, um protótipo estará em sua porta e, se tudo estiver nos conformes, ela pode apertar mais alguns botões e colocar o produto em plena fabricação, produzindo centenas, milhares de unidades, ou mais. Ela pode até se tornar uma microfábrica virtual capaz de planejar e vender bens sem nenhuma infraestrutura, e até mesmo sem estoque; a produção pode ser montada e despachada por terceiros que atendem centenas desses clientes simultaneamente.
Hoje, microfábricas fazem de tudo, de carros a componentes de motos e móveis sob medida de qualquer design imaginável. O potencial coletivo de 1 milhão de funileiros de quintal está prestes a ser despejado nos mercados globais agora que as ideias vão diretamente para produção sem necessidade de financiamento ou ferramental. “Três caras com laptops” significavam uma empresa iniciante na internet. Agora isso também descreve uma empresa de hardware.
Já vimos esse quadro: é o que acontece pouco antes de indústrias monolíticas se fragmentarem em face de incontáveis pequenos ingressantes, da indústria fonográfica aos jornais. Baixem as barreiras de entrada, e a multidão inundará o ambiente. A maneira acadêmica de colocar isso é que as cadeias de suprimento globais se tornaram independentes de escalas. Elas são capazes de atender tanto o pequeno como o grande, o inventor de garagem e a Sony. Essa mudança é impulsionada por duas forças. A primeira é a explosão de ferramentas de prototipagem poderosas e baratas que facilitaram seu uso por não engenheiros. E a segunda é a crise econômica que desencadeou uma mudança extraordinária nas práticas de negócios das fábricas (principalmente) chinesas, que se tornaram cada vez mais flexíveis, voltadas para a web e abertas ao trabalho customizado - de menores volumes, mas com margens de lucro maiores.
O resultado permitiu que as inovações do mundo online se estendam ao mundo real. Como expressa Cory Doctorow em seu novo livro, Makers (“Fazedores”, numa tradução livre, ainda sem previsão de lançamento no Brasil): “Os dias de companhias com nomes como General Electric, General Mills e General Motors terminaram. O dinheiro sobre a mesa é como krill: 1 bilhão de pequenas oportunidades empresariais que podem ser descobertas e exploradas por pessoas espertas e criativas”.O RENASCIMENTO DA GARAGEM está repercutindo em fenômenos como a explosão de feiras de criadores e espaços locais, menores, onde os hackers podem se reunir para trabalhar. A colaboração entre pares, a ideia de abertura plena, emprestada do movimento do software livre, o crowdsourcing, o conteúdo gerado pelo usuário - todas essas tendências digitais começam a operar no mundo dos átomos também. A web era apenas a comprovação do conceito. Agora, a revolução atinge o mundo real.
Em suma, átomos são os novos bits. Tudo começa com as ferramentas. Numa cervejaria convertida em fábrica no Brooklyn, em Nova York, Bre Pettis e sua equipe de engenheiros de hardware estão fazendo a primeira impressora 3D que custa menos de 1 000 dólares. Em vez de esguichar tinta, a MakerBot constrói objetos espremendo um fio de 0,3 milímetro de espessura de plástico ABS derretido. Há cinco anos, não se conseguiria algo assim por menos de 125 000 dólares.
Durante uma visita no fim de novembro, 100 caixas contendo o nono lote de MakerBots estavam enfileiradas e prontas para sair pela porta (como consumidor, estou exultando, pois uma delas será minha). Quase 500 dessas impressoras 3D foram vendidas. Com cada uma, a comunidade contribui com novos usos e novas ferramentas para melhorálas ainda mais. É por isso que se diz que a MakerBot é um produto aberto, ou livre. Por exemplo, uma cabeça de protótipo oferece uma resolução de 0,2 milímetro. Outra cabeça pode conter uma ferramenta de corte giratória, transformando- a numa fresadora CNC. (CNC é a sigla para controle numérico por computador, o que simplesmente significa que as máquinas são acionadas por software.) E outra ainda pode imprimir com glacê para sobremesas.
A MakerBot produz peças de plástico com base em arquivos digitais. Deseja certa engrenagem agora? Baixe um desenho da internet e imprima-a por conta própria. Quer modificar um objeto que você já possui? Escaneie-o (um pesquisador da Universidade de Cambridge desenvolveu uma tecnologia que permitirá criar um arquivo 3D girando o objeto em frente a uma webcam), faça os ajustes com o software gratuito Sketch- Up, do Google, e carregue-o no aplicativo ReplicatorG. Em minutos, terá em mãos um novo objeto. Pode-se fazer qualquer coisa dessa maneira, de joias finas a chassis de carro, e dezenas de milhares de pessoas estão fazendo isso. Já vimos esse boom do movimento de criação faça você mesmo em plataformas simples, como camisetas e canecas de café, se expandir para artesanatos na Etsy, empresa que faturou 200 milhões de dólares no ano passado. Agora isso está chegando a plataformas mais complexas - como modelagem 3D e fabricação de plástico - e equipamentos eletrônicos de código aberto.A segunda parte dessa nova era industrial é a abertura da produção para indivíduos, permitindo-lhes levar seus protótipos para a fabricação em escalas maiores. Nos últimos anos, os fabricantes chineses evoluíram para atender com maior eficiência aos pedidos pequenos. Isso significa que empresas de uma só pessoa podem encomendar a produção de coisas numa fábrica que anteriormente só atenderia grandes companhias.
Duas tendências estão impulsionando isso. Primeiro, há a maturação e a crescente centralização na web das práticas empresariais na China. A geração web está entrando na administração, e as fábricas estão recebendo mais encomendas online, comunicando-se com clientes por e-mail e aceitando pagamento por cartão de crédito ou pelo sistema de transações financeiras PayPal, todas alternativas muito mais adequadas do que as tradicionais transferências bancárias, cartas de crédito e ordens de compra. Mais que isso, a crise econômica atual impeliu os chineses a buscar encomendas customizadas de maior margem para mitigar a espiral deflacionária das commodities.
Para uma visão do novo mundo de fábricas de acesso aberto na China, vejase Alibaba.com, maior agregadora de fabricantes, produtos e competências do país. Basta navegar no site para encontrar companhias que produzem mais ou menos o que se está procurando fazer. Pelo sistema de mensagem instantânea, você pode perguntar se eles fabricam o que deseja. O sistema da Alibaba traduz do chinês para o inglês, e vice-versa, em tempo real - cada pessoa pode se comunicar em sua língua nativa. Geralmente, as respostas chegam em minutos: “Não podemos produzir isso, podemos produzir isso e eis como pedi-lo; já produzimos algo parecido e custa tanto”.
O presidente da Alibaba, Jack Ma, chama isso de “C to B” - do cliente para a empresa. É uma nova avenida de comércio, totalmente apropriada para o microempresário do movimento faça você mesmo. “Se pudermos estimular as empresas a fazer mais transações transnacionais pequenas, os lucros podem ser maiores, pois os bens são únicos, não são commodities”, diz Ma. Desde sua fundação, em 1999, a Alibaba se tornou uma empresa de 12 bilhões de dólares, com 45 milhões de usuários registrados no mundo. Sua oferta pública inicial de 1,7 bilhão de dólares na Bolsa de Valores de Hong Kong, em 2007, foi a maior estreia de uma empresa de tecnologia desde o Google. Nos três últimos anos, diz Ma, mais de 1,1 milhão de empregos foram criados na China por companhias que fazem comércio eletrônico utilizando plataformas da Alibaba.PARA VER ESSE MODELO NO MUNDO real, basta visitar a TechShop, cadeia de espaços de trabalho faça você mesmo que oferece acesso a ferramentas de prototipagem de ponta por cerca de 100 dólares mensais. Numa tarde recente na unidade de Menlo Park, na Califórnia, Michael Pinneo, um bem-sucedido exexecutivo do ramo de diamantes sintéticos, está criando uma câmara de deposição a vapor que usa uma nova técnica para obter diamantes incolores. No canto está a base de um módulo de aterrissagem de foguete sendo desenvolvida por uma equipe que está competindo no Prêmio Google Lunar X. Em outra mesa, Stephan Weiss, vice-presidente da Interoptix, e um de seus colegas montam placas de circuitos usadas para gerir redes elétricas. Eles estão fazendo um lote de 50 unidades, que Weiss descreve como “pequeno demais para uma fábrica, mas grande demais para sua garagem”. Os dispositivos trazem o emblema da ABB, uma gigante de engenharia; os clientes da distribuidora de eletricidade talvez nunca venham a saber que eles foram feitos à mão num hackerspace.
Essa é uma incubadora para a era dos átomos. Quando o fundador da TechShop, Jim Newton, saiu à procura de alguém para geri-la, ele rapidamente escolheu Mark Hatch, ex-executivo da Kinko's. A analogia é oportuna: assim como a Kinko's democratizou a impressão e, no processo, criou uma cadeia nacional de birôs de serviços, a TechShop quer democratizar a fabricação. Ela agora possui duas unidades adicionais, e tem planos para mais 100. Um dos pontos que estão sendo considerados em São Francisco fica dentro das instalações do jornal San Francisco Chronicle, agora bastante reduzido. A ironia é deliciosa: as sementes da indústria de amanhã crescendo nas cinzas da de ontem.
Durante o almoço, Hatch reflete sobre o arco da história da manufatura. Com o advento da fábrica na era industrial, Karl Marx se afligia que um artesão já não podia comprar as ferramentas para exercer seu ofício. As economias de escala da produção industrial atropelaram o indivíduo. Apesar de os benefícios dessa industrialização se mostrarem em preços mais baixos e produtos melhores, o custo era a homogeneidade. Combinado com o grande varejo, o mercado ficou dominado pelos frutos da produção em massa: bens destinados a todos, com as resultantes escolhas limitadas e perda de diversidade que isso implica. Hoje, porém, essas ferramentas de produção estão ficando tão baratas que estão novamente ao alcance de muitos indivíduos. Máquinas fresas de ponta, que antes custavam 150 000 dólares, agora estão perto de 4 000 dólares, graças a cópias chinesas. Qualquer garagem é uma fábrica high tech em potencial. Marx ficaria satisfeito.
Para um exemplo final disso, passemos aos subúrbios de Seattle para encontrar Will Chapman, da BrickArms. De um pequeno espaço industrial, a BrickArms preenche lacunas na linha de produção da Lego, chegando a terrenos que a gigante dinamarquesa de brinquedos hesita trilhar: armamentos pesados, de fuzis AK-47 a granadas de fragmentação, em escala Lego, que parecem diretamente saídos do game Halo 3. As peças são mais complexas que o componente médio da Lego, mas são fabricadas com a mesma qualidade e vendidas online a milhares de fãs da Lego, garotos e adultos, que querem criar cenas mais sofisticadas que as permitidas pelos kitspadrão. A Lego opera numa escala industrial, num campus altamente protegido em Billund, na Dinamarca. Engenheiros modelam protótipos que são então fabricados em oficinas de usinagem específicas. Depois de aprovados, eles são fabricados em grandes unidades de moldagem por injeção. Partes são criadas para kits, e esses kits precisam ser testados como brinquedos, precificados para o varejo de massa e despachados e estocados meses antes de sua venda na Target ou no Walmart. As únicas peças que saem desse processo são as que vão ser vendidas aos milhões.
Chapman trabalha numa escala diferente. Ele desenha peças usando o software 3D SolidWorks, que pode criar a imagem que servirá de base para os moldes. Ele envia o arquivo para sua máquina de desbastar CNC de mesa, uma fresadora que custa menos de 1 000 dólares, que esmerilha as metades do molde de blocos de alumínio. Depois coloca as peças em sua máquina manual de moldagem por injeção, derrete algumas contas de resina e as injeta. Alguns minutos depois, Chapman tem um protótipo para mostrar aos fãs. Se eles gostarem, ele contrata um fabricante de ferramentas local para reproduzir o molde em aço e uma companhia de moldagem por injeção com sede nos Estados Unidos para fazer lotes de alguns milhares. Por que não fazer as peças na China? Ele poderia, diz, mas o resultado seria “moldes que demoram mais para produzir, com tempos de comunicação lentos e plástico abaixo do padrão” (leia-se: barato). Ademais, diz Chapman, “se seus moldes estão na China, quem sabe o que acontecerá com eles quando você não os está usando? Eles poderiam operar em segredo produzindo peças para vender em mercados secundários que você nem sequer saberia que existem”.
OS TRÊS FILHOS DE CHAPMAN embalam as peças que ele vende diretamente. Hoje, a BrickArms possui também revendedores na Grã-Bretanha, na Austrália, na Suécia, no Canadá e na Alemanha. O negócio ficou tão grande que em 2008 ele abandonou a carreira de 17 anos como engenheiro de software e agora sustenta confortavelmente a família exclusivamente com as vendas de armas Lego. “Eu ganho mais com um dia morno na BrickArms do que jamais ganhei como engenheiro de software. A vida é boa.”
Em meados dos anos 30, Ronald Coase, então recém-formado na London School of Economics, ruminava sobre o que, para muitos, poderiam parecer perguntas tolas: por que existem empresas? Por que depositamos nossa lealdade em uma instituição e nos reunimos no mesmo edifício para fazer coisas? Sua resposta: para reduzir “custos de transação”. Quando pessoas compartilham um propósito e têm responsabilidades e modos de comunicação estabelecidos, é fácil fazer as coisas acontecerem. Basta se virar para a pessoa no cubículo ao lado e pedir que ela faça seu serviço.
Há muitos anos, porém, Bill Joy, um dos cofundadores da Sun Microsystems, revelou o furo no modelo de Coase. “Seja você quem for, a maioria das pessoas mais inteligentes trabalha para outros”, ele observou com justeza. Claro, isso sempre foi verdade, mas antes pouco importava se a pessoa estivesse em Detroit e alguém melhor estivesse em Dacar; uma estava aqui, e a outra, lá. E pronto. O ponto de Joy era que isso estava mudando. Com a internet, não é preciso recorrer ao cubículo ao lado. Pode-se aproveitar a melhor pessoa distante, mesmo que ela esteja em Dacar.
A lei de Joy virou a lei de Coase de cabeça para baixo. Agora, trabalhar dentro de uma empresa frequentemente impõe custos de transação mais altos do que tocar um projeto online. Por que se virar para a pessoa no cubículo ao lado quando é mais fácil recorrer a um mercado global de talentos? Companhias são cheias de burocracia, procedimentos e processos de aprovação, uma estrutura planejada para defender a integridade da organização. Comunidades se formam em torno de necessidades e interesses compartilhados e não têm processos além dos necessários. A comunidade existe para o projeto, não para sustentar a companhia em que o projeto reside.
Daí o novo modelo de organização industrial. Ele é construído em torno de peças frouxamente rejuntadas. As companhias são pequenas, virtuais e informais. A maioria dos participantes não é empregada formalmente. Eles se formam e se reformam ao sabor das circunstâncias, impelidos mais por competência e necessidade do que por filiação e obrigação. Pouco importa para quem a melhor pessoa trabalha; se o projeto for interessante, a melhor pessoa o encontrará.
Mas a diferença entre esse tipo de pequena empresa e lavanderias automáticas e lojas de esquina, que constituem a maioria das microempresas no país, é que o negócio é global e high tech. Dois terços de nossas vendas vêm de fora dos Estados Unidos, e os produtos competem na ponta inferior com empresas de equipamentos de defesa, como Lockheed e Boeing. Embora não empreguem muitas pessoas nem ganhem muito dinheiro, o modelo básico é baixar o custo da tecnologia num fator de 10 (sobretudo não cobrando por propriedade intelectual). O efeito é sentido principalmente pelos consumidores. Baixar os custos é um modo de democratizar a tecnologia também.
Embora esteja encolhendo, a economia industrial americana ainda é a maior do mundo. Mas o crescente setor produtivo da China deverá assumir a primeira posição em 2015, segundo a IHS Global Insight, empresa de projeções econômicas. Nem toda a indústria americana está encolhendo, porém - só a parte grande. Uma pesquisa do Pease Group com pequenos fabricantes (menos de 25 milhões de dólares em vendas anuais) mostra que a maioria espera crescer neste ano, muitos deles em dois dígitos. Aliás, analistas calculam que quase todos os novos empregos industriais nos Estados Unidos virão de pequenas empresas.
Bem-vindos à próxima revolução industrial.
*Chris Anderson é editor-chefe da revista Wired e autor dos livros A Cauda Longa e Grátis - o Futuro dos Preços
Como construir seu sonho
Na era da democratização da indústria, toda garagem pode ser uma microfábrica, e todo cidadão, um microempreendedor. Como transformar uma grande ideia num grande produto
1) Invenção
Pare de reclamar da falta de produtos legais — crie o seu. Dica dos profi ssionais: verifi que se a ideia ainda não foi patenteada
2) Desenho
Use ferramentas gratuitas, como o Blender ou o Google SketchUp, para criar um modelo digital em 3D. Ou então baixe um design da web e faça suas adaptações
3) Protótipo
Você não precisa ser Geppetto para criar um protótipo. Pequenas impressoras 3D, como a MakerBot, custam menos de 1 000 dólares. Envie o arquivo e veja a máquina transformar sua visão num modelo de plástico
4) Fabricação
A produção limitada pode acontecer na garagem. Se quiser crescer, seja global e terceirize. As fábricas chinesas estão à espera. Sites como o Alibaba.com podem ajudá-lo a encontrar o parceiro ideal
5) Venda
Os clientes podem encontrá-lo diretamente, pela web ou por intermédio de vendedores especializados. Você pode criar uma loja online — e preparar-se para se tornar um ícone da revolução industrial do “faça você mesmo”
Desenhe um produto inovador, faça os protótipos em casa e contrate uma empresa chinesa para fabricá-lo. A manufatura em pequena escala é a próxima revolução industrial
Empreendedores trabalham em uma estação da TechShop: democratização das fábricas
Empreendedores trabalham em uma estação da TechShop: democratização das fábricas
Por CHRIS ANDERSON* | 17.02.2010 | 16h51
A porta de uma fachada de loja do tamanho de uma secadora de roupas num parque industrial em Wareham, em Massachusetts, 1 hora ao sul de Boston, pode não parecer um portal para o futuro da produção industrial americana, mas é. Essa é a sede da Local Motors, a primeira companhia automobilística aberta a alcançar o estágio de produção. Dê um passo para dentro e o escritório surge como um exemplo revelador do poder das microfábricas.
Em junho, a Local Motors lançará oficialmente o Rally Fighter, um carro esportivo fora de estrada (mas bom para ruas) de 50 000 dólares. O design foi terceirizado para as multidões, assim como a escolha dos componentes, a maioria deles de prateleira. A montagem final será feita pelos consumidores em centros de montagem locais como parte de uma “experiência de construção”. Há vários outros projetos em andamento, e a companhia diz que pode desenvolver um novo veículo dos esboços ao lançamento em 18 meses, aproximadamente o tempo que Detroit leva para mudar um trinco de porta. Cada design é lançado sob uma licença Creative Commons para ser compartilhada. Os consumidores são encorajados a aprimorar os designs e a produzir os próprios componentes, que poderão vender a seus pares.
Um problema do negócio de kits de carros, porém, é que os veículos são tipicamente inspirados em carros esportivos e de corrida, e com isso as ações judiciais e as tarifas de licenciamento são um ônus constante. Isso dificulta o lucro e limita o crescimento do setor, apesar do boom do “faça você mesmo”. Jay Rogers, presidente da Local Motors, pensou num modo de contornar isso. Sua empresa optou por designs inteiramente originais. Eles não evocam carros clássicos, mas repensam o que um carro pode ser. A carroceria do Rally Fighter foi desenhada por uma comunidade de voluntários conectada pela internet. O carro tem um frescor visual incrível - um cruzamento de carro de corrida Baja com avião de caça Mustang P-51. Mas esse processo não foi nenhum politburo. Foi mais uma competição. O vencedor foi Sangho Kim, artista gráfico de 30 anos. Quando a Local Motors pediu para a comunidade apresentar ideias para veículos de próxima geração, os desenhos de Kim cativaram a turma. Não haveria um prêmio, mas a companhia deu 10 000 dólares a Kim. A Local Motors desenhou ou selecionou o chassi, o motor e a transmissão. Essa combinação - profissionais cuidam de elementos críticos para performance, segurança e fabricação, enquanto a comunidade desenha as partes que darão ao carro forma e estilo - permite que o crowdsourcing funcione mesmo para um produto cujo uso tem implicações de vida e morte.
A Local Motors pretende lançar entre 500 e 2 000 unidades de cada modelo. Trata-se de um veículo de nicho; ele não competirá com as grandes fabricantes, mas preencherá as lacunas para designs exclusivos. Rogers usa a analogia de um pote com bolas de gude, cada uma delas representando um veículo de uma grande empresa automobilística. Entre as bolas há espaços vazios que serão preenchidos por grãos de areia - e esses grãos são os carros da Local Motors.
ESTA É A HISTÓRIA DE DUAS décadas em uma sentença: se os últimos dez anos representaram a descoberta de modelos sociais pós-institucionais na web, os próximos dez serão de sua aplicação no mundo real. Este artigo é sobre os próximos dez anos.Uma mudança transformadora ocorre quando indústrias se democratizam, quando elas são arrancadas do domínio exclusivo de empresas, governos e outras instituições e entregues a pessoas comuns. A internet democratizou a comunicação, e por consequência a indústria editorial e a radiodifusão. O resultado foi um aumento maciço tanto de participação como de participantes em tudo o que é digital - a cauda longa de bits. Agora o mesmo está ocorrendo na fabricação - a cauda longa das coisas.
As ferramentas de produção fabril, da montagem de eletrônicos à impressão 3D, estão agora à disposição de indivíduos em quantidades tão pequenas que podem ser de até mesmo uma simples unidade. Qualquer pessoa com uma ideia e um pouco de expertise pode pôr em movimento linhas de montagem na China com nada mais que seu laptop. Alguns dias depois, um protótipo estará em sua porta e, se tudo estiver nos conformes, ela pode apertar mais alguns botões e colocar o produto em plena fabricação, produzindo centenas, milhares de unidades, ou mais. Ela pode até se tornar uma microfábrica virtual capaz de planejar e vender bens sem nenhuma infraestrutura, e até mesmo sem estoque; a produção pode ser montada e despachada por terceiros que atendem centenas desses clientes simultaneamente.
Hoje, microfábricas fazem de tudo, de carros a componentes de motos e móveis sob medida de qualquer design imaginável. O potencial coletivo de 1 milhão de funileiros de quintal está prestes a ser despejado nos mercados globais agora que as ideias vão diretamente para produção sem necessidade de financiamento ou ferramental. “Três caras com laptops” significavam uma empresa iniciante na internet. Agora isso também descreve uma empresa de hardware.
Já vimos esse quadro: é o que acontece pouco antes de indústrias monolíticas se fragmentarem em face de incontáveis pequenos ingressantes, da indústria fonográfica aos jornais. Baixem as barreiras de entrada, e a multidão inundará o ambiente. A maneira acadêmica de colocar isso é que as cadeias de suprimento globais se tornaram independentes de escalas. Elas são capazes de atender tanto o pequeno como o grande, o inventor de garagem e a Sony. Essa mudança é impulsionada por duas forças. A primeira é a explosão de ferramentas de prototipagem poderosas e baratas que facilitaram seu uso por não engenheiros. E a segunda é a crise econômica que desencadeou uma mudança extraordinária nas práticas de negócios das fábricas (principalmente) chinesas, que se tornaram cada vez mais flexíveis, voltadas para a web e abertas ao trabalho customizado - de menores volumes, mas com margens de lucro maiores.
O resultado permitiu que as inovações do mundo online se estendam ao mundo real. Como expressa Cory Doctorow em seu novo livro, Makers (“Fazedores”, numa tradução livre, ainda sem previsão de lançamento no Brasil): “Os dias de companhias com nomes como General Electric, General Mills e General Motors terminaram. O dinheiro sobre a mesa é como krill: 1 bilhão de pequenas oportunidades empresariais que podem ser descobertas e exploradas por pessoas espertas e criativas”.O RENASCIMENTO DA GARAGEM está repercutindo em fenômenos como a explosão de feiras de criadores e espaços locais, menores, onde os hackers podem se reunir para trabalhar. A colaboração entre pares, a ideia de abertura plena, emprestada do movimento do software livre, o crowdsourcing, o conteúdo gerado pelo usuário - todas essas tendências digitais começam a operar no mundo dos átomos também. A web era apenas a comprovação do conceito. Agora, a revolução atinge o mundo real.
Em suma, átomos são os novos bits. Tudo começa com as ferramentas. Numa cervejaria convertida em fábrica no Brooklyn, em Nova York, Bre Pettis e sua equipe de engenheiros de hardware estão fazendo a primeira impressora 3D que custa menos de 1 000 dólares. Em vez de esguichar tinta, a MakerBot constrói objetos espremendo um fio de 0,3 milímetro de espessura de plástico ABS derretido. Há cinco anos, não se conseguiria algo assim por menos de 125 000 dólares.
Durante uma visita no fim de novembro, 100 caixas contendo o nono lote de MakerBots estavam enfileiradas e prontas para sair pela porta (como consumidor, estou exultando, pois uma delas será minha). Quase 500 dessas impressoras 3D foram vendidas. Com cada uma, a comunidade contribui com novos usos e novas ferramentas para melhorálas ainda mais. É por isso que se diz que a MakerBot é um produto aberto, ou livre. Por exemplo, uma cabeça de protótipo oferece uma resolução de 0,2 milímetro. Outra cabeça pode conter uma ferramenta de corte giratória, transformando- a numa fresadora CNC. (CNC é a sigla para controle numérico por computador, o que simplesmente significa que as máquinas são acionadas por software.) E outra ainda pode imprimir com glacê para sobremesas.
A MakerBot produz peças de plástico com base em arquivos digitais. Deseja certa engrenagem agora? Baixe um desenho da internet e imprima-a por conta própria. Quer modificar um objeto que você já possui? Escaneie-o (um pesquisador da Universidade de Cambridge desenvolveu uma tecnologia que permitirá criar um arquivo 3D girando o objeto em frente a uma webcam), faça os ajustes com o software gratuito Sketch- Up, do Google, e carregue-o no aplicativo ReplicatorG. Em minutos, terá em mãos um novo objeto. Pode-se fazer qualquer coisa dessa maneira, de joias finas a chassis de carro, e dezenas de milhares de pessoas estão fazendo isso. Já vimos esse boom do movimento de criação faça você mesmo em plataformas simples, como camisetas e canecas de café, se expandir para artesanatos na Etsy, empresa que faturou 200 milhões de dólares no ano passado. Agora isso está chegando a plataformas mais complexas - como modelagem 3D e fabricação de plástico - e equipamentos eletrônicos de código aberto.A segunda parte dessa nova era industrial é a abertura da produção para indivíduos, permitindo-lhes levar seus protótipos para a fabricação em escalas maiores. Nos últimos anos, os fabricantes chineses evoluíram para atender com maior eficiência aos pedidos pequenos. Isso significa que empresas de uma só pessoa podem encomendar a produção de coisas numa fábrica que anteriormente só atenderia grandes companhias.
Duas tendências estão impulsionando isso. Primeiro, há a maturação e a crescente centralização na web das práticas empresariais na China. A geração web está entrando na administração, e as fábricas estão recebendo mais encomendas online, comunicando-se com clientes por e-mail e aceitando pagamento por cartão de crédito ou pelo sistema de transações financeiras PayPal, todas alternativas muito mais adequadas do que as tradicionais transferências bancárias, cartas de crédito e ordens de compra. Mais que isso, a crise econômica atual impeliu os chineses a buscar encomendas customizadas de maior margem para mitigar a espiral deflacionária das commodities.
Para uma visão do novo mundo de fábricas de acesso aberto na China, vejase Alibaba.com, maior agregadora de fabricantes, produtos e competências do país. Basta navegar no site para encontrar companhias que produzem mais ou menos o que se está procurando fazer. Pelo sistema de mensagem instantânea, você pode perguntar se eles fabricam o que deseja. O sistema da Alibaba traduz do chinês para o inglês, e vice-versa, em tempo real - cada pessoa pode se comunicar em sua língua nativa. Geralmente, as respostas chegam em minutos: “Não podemos produzir isso, podemos produzir isso e eis como pedi-lo; já produzimos algo parecido e custa tanto”.
O presidente da Alibaba, Jack Ma, chama isso de “C to B” - do cliente para a empresa. É uma nova avenida de comércio, totalmente apropriada para o microempresário do movimento faça você mesmo. “Se pudermos estimular as empresas a fazer mais transações transnacionais pequenas, os lucros podem ser maiores, pois os bens são únicos, não são commodities”, diz Ma. Desde sua fundação, em 1999, a Alibaba se tornou uma empresa de 12 bilhões de dólares, com 45 milhões de usuários registrados no mundo. Sua oferta pública inicial de 1,7 bilhão de dólares na Bolsa de Valores de Hong Kong, em 2007, foi a maior estreia de uma empresa de tecnologia desde o Google. Nos três últimos anos, diz Ma, mais de 1,1 milhão de empregos foram criados na China por companhias que fazem comércio eletrônico utilizando plataformas da Alibaba.PARA VER ESSE MODELO NO MUNDO real, basta visitar a TechShop, cadeia de espaços de trabalho faça você mesmo que oferece acesso a ferramentas de prototipagem de ponta por cerca de 100 dólares mensais. Numa tarde recente na unidade de Menlo Park, na Califórnia, Michael Pinneo, um bem-sucedido exexecutivo do ramo de diamantes sintéticos, está criando uma câmara de deposição a vapor que usa uma nova técnica para obter diamantes incolores. No canto está a base de um módulo de aterrissagem de foguete sendo desenvolvida por uma equipe que está competindo no Prêmio Google Lunar X. Em outra mesa, Stephan Weiss, vice-presidente da Interoptix, e um de seus colegas montam placas de circuitos usadas para gerir redes elétricas. Eles estão fazendo um lote de 50 unidades, que Weiss descreve como “pequeno demais para uma fábrica, mas grande demais para sua garagem”. Os dispositivos trazem o emblema da ABB, uma gigante de engenharia; os clientes da distribuidora de eletricidade talvez nunca venham a saber que eles foram feitos à mão num hackerspace.
Essa é uma incubadora para a era dos átomos. Quando o fundador da TechShop, Jim Newton, saiu à procura de alguém para geri-la, ele rapidamente escolheu Mark Hatch, ex-executivo da Kinko's. A analogia é oportuna: assim como a Kinko's democratizou a impressão e, no processo, criou uma cadeia nacional de birôs de serviços, a TechShop quer democratizar a fabricação. Ela agora possui duas unidades adicionais, e tem planos para mais 100. Um dos pontos que estão sendo considerados em São Francisco fica dentro das instalações do jornal San Francisco Chronicle, agora bastante reduzido. A ironia é deliciosa: as sementes da indústria de amanhã crescendo nas cinzas da de ontem.
Durante o almoço, Hatch reflete sobre o arco da história da manufatura. Com o advento da fábrica na era industrial, Karl Marx se afligia que um artesão já não podia comprar as ferramentas para exercer seu ofício. As economias de escala da produção industrial atropelaram o indivíduo. Apesar de os benefícios dessa industrialização se mostrarem em preços mais baixos e produtos melhores, o custo era a homogeneidade. Combinado com o grande varejo, o mercado ficou dominado pelos frutos da produção em massa: bens destinados a todos, com as resultantes escolhas limitadas e perda de diversidade que isso implica. Hoje, porém, essas ferramentas de produção estão ficando tão baratas que estão novamente ao alcance de muitos indivíduos. Máquinas fresas de ponta, que antes custavam 150 000 dólares, agora estão perto de 4 000 dólares, graças a cópias chinesas. Qualquer garagem é uma fábrica high tech em potencial. Marx ficaria satisfeito.
Para um exemplo final disso, passemos aos subúrbios de Seattle para encontrar Will Chapman, da BrickArms. De um pequeno espaço industrial, a BrickArms preenche lacunas na linha de produção da Lego, chegando a terrenos que a gigante dinamarquesa de brinquedos hesita trilhar: armamentos pesados, de fuzis AK-47 a granadas de fragmentação, em escala Lego, que parecem diretamente saídos do game Halo 3. As peças são mais complexas que o componente médio da Lego, mas são fabricadas com a mesma qualidade e vendidas online a milhares de fãs da Lego, garotos e adultos, que querem criar cenas mais sofisticadas que as permitidas pelos kitspadrão. A Lego opera numa escala industrial, num campus altamente protegido em Billund, na Dinamarca. Engenheiros modelam protótipos que são então fabricados em oficinas de usinagem específicas. Depois de aprovados, eles são fabricados em grandes unidades de moldagem por injeção. Partes são criadas para kits, e esses kits precisam ser testados como brinquedos, precificados para o varejo de massa e despachados e estocados meses antes de sua venda na Target ou no Walmart. As únicas peças que saem desse processo são as que vão ser vendidas aos milhões.
Chapman trabalha numa escala diferente. Ele desenha peças usando o software 3D SolidWorks, que pode criar a imagem que servirá de base para os moldes. Ele envia o arquivo para sua máquina de desbastar CNC de mesa, uma fresadora que custa menos de 1 000 dólares, que esmerilha as metades do molde de blocos de alumínio. Depois coloca as peças em sua máquina manual de moldagem por injeção, derrete algumas contas de resina e as injeta. Alguns minutos depois, Chapman tem um protótipo para mostrar aos fãs. Se eles gostarem, ele contrata um fabricante de ferramentas local para reproduzir o molde em aço e uma companhia de moldagem por injeção com sede nos Estados Unidos para fazer lotes de alguns milhares. Por que não fazer as peças na China? Ele poderia, diz, mas o resultado seria “moldes que demoram mais para produzir, com tempos de comunicação lentos e plástico abaixo do padrão” (leia-se: barato). Ademais, diz Chapman, “se seus moldes estão na China, quem sabe o que acontecerá com eles quando você não os está usando? Eles poderiam operar em segredo produzindo peças para vender em mercados secundários que você nem sequer saberia que existem”.
OS TRÊS FILHOS DE CHAPMAN embalam as peças que ele vende diretamente. Hoje, a BrickArms possui também revendedores na Grã-Bretanha, na Austrália, na Suécia, no Canadá e na Alemanha. O negócio ficou tão grande que em 2008 ele abandonou a carreira de 17 anos como engenheiro de software e agora sustenta confortavelmente a família exclusivamente com as vendas de armas Lego. “Eu ganho mais com um dia morno na BrickArms do que jamais ganhei como engenheiro de software. A vida é boa.”
Em meados dos anos 30, Ronald Coase, então recém-formado na London School of Economics, ruminava sobre o que, para muitos, poderiam parecer perguntas tolas: por que existem empresas? Por que depositamos nossa lealdade em uma instituição e nos reunimos no mesmo edifício para fazer coisas? Sua resposta: para reduzir “custos de transação”. Quando pessoas compartilham um propósito e têm responsabilidades e modos de comunicação estabelecidos, é fácil fazer as coisas acontecerem. Basta se virar para a pessoa no cubículo ao lado e pedir que ela faça seu serviço.
Há muitos anos, porém, Bill Joy, um dos cofundadores da Sun Microsystems, revelou o furo no modelo de Coase. “Seja você quem for, a maioria das pessoas mais inteligentes trabalha para outros”, ele observou com justeza. Claro, isso sempre foi verdade, mas antes pouco importava se a pessoa estivesse em Detroit e alguém melhor estivesse em Dacar; uma estava aqui, e a outra, lá. E pronto. O ponto de Joy era que isso estava mudando. Com a internet, não é preciso recorrer ao cubículo ao lado. Pode-se aproveitar a melhor pessoa distante, mesmo que ela esteja em Dacar.
A lei de Joy virou a lei de Coase de cabeça para baixo. Agora, trabalhar dentro de uma empresa frequentemente impõe custos de transação mais altos do que tocar um projeto online. Por que se virar para a pessoa no cubículo ao lado quando é mais fácil recorrer a um mercado global de talentos? Companhias são cheias de burocracia, procedimentos e processos de aprovação, uma estrutura planejada para defender a integridade da organização. Comunidades se formam em torno de necessidades e interesses compartilhados e não têm processos além dos necessários. A comunidade existe para o projeto, não para sustentar a companhia em que o projeto reside.
Daí o novo modelo de organização industrial. Ele é construído em torno de peças frouxamente rejuntadas. As companhias são pequenas, virtuais e informais. A maioria dos participantes não é empregada formalmente. Eles se formam e se reformam ao sabor das circunstâncias, impelidos mais por competência e necessidade do que por filiação e obrigação. Pouco importa para quem a melhor pessoa trabalha; se o projeto for interessante, a melhor pessoa o encontrará.
Mas a diferença entre esse tipo de pequena empresa e lavanderias automáticas e lojas de esquina, que constituem a maioria das microempresas no país, é que o negócio é global e high tech. Dois terços de nossas vendas vêm de fora dos Estados Unidos, e os produtos competem na ponta inferior com empresas de equipamentos de defesa, como Lockheed e Boeing. Embora não empreguem muitas pessoas nem ganhem muito dinheiro, o modelo básico é baixar o custo da tecnologia num fator de 10 (sobretudo não cobrando por propriedade intelectual). O efeito é sentido principalmente pelos consumidores. Baixar os custos é um modo de democratizar a tecnologia também.
Embora esteja encolhendo, a economia industrial americana ainda é a maior do mundo. Mas o crescente setor produtivo da China deverá assumir a primeira posição em 2015, segundo a IHS Global Insight, empresa de projeções econômicas. Nem toda a indústria americana está encolhendo, porém - só a parte grande. Uma pesquisa do Pease Group com pequenos fabricantes (menos de 25 milhões de dólares em vendas anuais) mostra que a maioria espera crescer neste ano, muitos deles em dois dígitos. Aliás, analistas calculam que quase todos os novos empregos industriais nos Estados Unidos virão de pequenas empresas.
Bem-vindos à próxima revolução industrial.
*Chris Anderson é editor-chefe da revista Wired e autor dos livros A Cauda Longa e Grátis - o Futuro dos Preços
Como construir seu sonho
Na era da democratização da indústria, toda garagem pode ser uma microfábrica, e todo cidadão, um microempreendedor. Como transformar uma grande ideia num grande produto
1) Invenção
Pare de reclamar da falta de produtos legais — crie o seu. Dica dos profi ssionais: verifi que se a ideia ainda não foi patenteada
2) Desenho
Use ferramentas gratuitas, como o Blender ou o Google SketchUp, para criar um modelo digital em 3D. Ou então baixe um design da web e faça suas adaptações
3) Protótipo
Você não precisa ser Geppetto para criar um protótipo. Pequenas impressoras 3D, como a MakerBot, custam menos de 1 000 dólares. Envie o arquivo e veja a máquina transformar sua visão num modelo de plástico
4) Fabricação
A produção limitada pode acontecer na garagem. Se quiser crescer, seja global e terceirize. As fábricas chinesas estão à espera. Sites como o Alibaba.com podem ajudá-lo a encontrar o parceiro ideal
5) Venda
Os clientes podem encontrá-lo diretamente, pela web ou por intermédio de vendedores especializados. Você pode criar uma loja online — e preparar-se para se tornar um ícone da revolução industrial do “faça você mesmo”
quinta-feira, 18 de março de 2010
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
... life again
... the jack comes back, the feel is hard again, the memories are so hot today, in her, about her, by her, only her ... jack i'm feel alone without you here!
... a happy new life!
... congonhas/sp, 06h45, 02/02/2010 ... aqui começa uma nova vida, uma nova fase, o milho que vira pipoca ... jack meu amor, jack minha vida!
... a happy new life!
... a happy new life!
sábado, 23 de janeiro de 2010
mulher ...
... é impressionante a força que uma mulher pode exercer sobre um homem! Sexo frágil?! Rá! Tolice consoante, distúrbio consumado, pura ingenuidade de quem acredita em sexo frágil. Elas podem ser sórdidas e manipuladoras, manipuláveis sedutoras, insanas, prepotentes e poderosas, e você ainda acredita em sexo frágil?!
Ah! O charme feminino é tudo de bom! O perfume incolor em suas formas mais estonteantes, puro charme, puro encarte, no fundo, por trás de tudo, elas sabem do são capazes, elas querem nos entorpecer, cabelos, mãos, lábios, ombros, tudo é conspirador, tudo é motivo.
Mulheres insensatas, mulheres inexatas, mulheres nada opacas, nos emitem cores infinitas feitas com nossos maiores desejos, sabem como nos alcançar, sabem como nos destituir de nossos volumosos poderes, acabamos aos seus pés, viramos revés, incapazes, golpeados, e assim nossas maiores algozes sorriem ao final de tudo!
Doce capítulo de história mal contada, suave recíproco de paixão incontrolável, língua que corta todo o corpo num tênue beijo de prazer e ódio ... indescritível sentimento, dor entorpecida de querer, mal que não se quer perder.
Ah! O charme feminino é tudo de bom! O perfume incolor em suas formas mais estonteantes, puro charme, puro encarte, no fundo, por trás de tudo, elas sabem do são capazes, elas querem nos entorpecer, cabelos, mãos, lábios, ombros, tudo é conspirador, tudo é motivo.
Mulheres insensatas, mulheres inexatas, mulheres nada opacas, nos emitem cores infinitas feitas com nossos maiores desejos, sabem como nos alcançar, sabem como nos destituir de nossos volumosos poderes, acabamos aos seus pés, viramos revés, incapazes, golpeados, e assim nossas maiores algozes sorriem ao final de tudo!
Doce capítulo de história mal contada, suave recíproco de paixão incontrolável, língua que corta todo o corpo num tênue beijo de prazer e ódio ... indescritível sentimento, dor entorpecida de querer, mal que não se quer perder.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Efeitos da Crise?!
Este gráfico ilustra bem o que aconteceu. A curva azul mostra o consumo das famílias brasileiras, num ritmo constante de crescimento. Dá para ver uma CRISE no gráfico em azul?
Só com uma lupa, a pequena queda em Outubro de 2008. Em Janeiro, como afirmei com todas as letras, a crise já havia passado.
O gráfico em vermelho é a produção industrial, totalmente em descompasso com as vendas de varejo.
As empresas e seus administradores simplesmente pararam de produzir, demitiram gente, e só em janeiro mudaram de ideia, mas já era tarde.
Empresas grandes, que representam 80% da produção nacional, deram ouvidos às consultorias econômicas que previam "recessão técnica", e cortaram seus planos de investimentos.
Em maio de 2009, Nouriel Roubini veio para o Brasil e mais uma vez disseminou suas previsões catastrofistas baseado num modelo econométrico proprietário que ele elabora com muito cuidado para os seus clientes brasileiros. E, que muitos acreditam até hoje. Roubini continua sendo o economista mas entrevistado no Brasil.
As 2000 empresas deste país que levam a sério as análises de suas consultorias econômicas, precisam rever a utilidade destas caríssimas previsões, ao elaborarem seus orçamentos de 2010.
A maioria da população, que não tem como pagar a Roubini Newsletter, se deu melhor
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
sábado, 12 de dezembro de 2009
terça-feira, 17 de novembro de 2009
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
domingo, 8 de novembro de 2009
Um estudo sobre a economia do Brasil - Stephen Kanitz.
Um colchão de segurança
Publiquei em 2004 na Veja, o artigo "Faça um Colchão de Segurança", onde colocava uma preocupação com o baixo nível de reservas internacionais do Brasil na época, e que diante da crise que viria em 2008 foi presciente.
"Volatilidade faz parte da vida - e sempre fará. O correto é conviver com ela, e não tentar impedi-la.
Governos anteriores acreditavam que saberiam intervir inteligentemente no câmbio ou nos juros, a cada nova crise, e portanto acumular reservas seria desnecessário e custoso.
Nunca criamos reservas internacionais suficientes para enfrentar crises. Hoje (2004) temos somente 18 bilhões de dólares, dez dias de nosso PIB.
Reservas financeiras substanciais compram tranqüilidade e tempo, já que nenhuma crise dura para sempre.
TODAS as crises foram nefastas para o Brasil porque nossas reservas sempre terminaram antes. Criar reservas nunca foi nossa prioridade.
A China vive uma fase de prosperidade porque possui nada menos que 420 bilhões de dólares, o suficiente para enfrentar a pior crise que se possa imaginar.
Ninguém sabe como será o amanhã, exceto que teremos muitas crises pela frente. Se você tiver zero de reservas familiares, a crise o afetará 100%. Quanto mais reservas você tiver, menos ela o afetará.
Quem enfrenta uma crise sem ter reservas acaba contraindo mais dívidas, como sempre acontece com o Brasil.”
Gostaria de dizer que Lula leu este artigo na Veja e mandou o Banco Central começar a acumular os 200 bilhões de reservas que acabou nos protegendo da crise de 2008.
Certamente foi incentivado por Henrique Meirelles, primeiro administrador financeiro guinado ao Banco Central, que pensa como todo administrador.
Reservas internacionais será um legado do governo Lula, que nenhum sucessor terá coragem de desmontar.
Dizer que Lula surfou a onda dos 18 bilhões de reservas deixadas pelo Plano Real é uma bobagem monumental. 18 bilhões não seguram crise alguma, desaparecem em duas semanas, como desapareceram em 1998 no final do Primeiro Mandato de FHC.
Lula ao criar estas reservas de 200 bilhões lutou contra dezenas de especialistas, inclusive economistas de seu próprio partido, que achavam que 200 bilhões de reservas deveriam ser gastos em "saúde e educação".
Estas reservas, apesar de óbvias, eram politicamente complicadas devido ao seu custo elevadíssimo.
O governo tinha que financiá-las a um juro interno de 16% ao ano, e só recebia 4% de juros quando aplicadas em títulos estrangeiros.
A crise americana de 2008 foi até uma benção, ao provar a tese de que reservas são necessárias, sempre. Nunca mais teremos que recorrer ao FMI, ou à amizade de um Bill Clinton.
Estas reservas acumuladas por Lula serão um legado para sempre. Nos salvou da crise de 2008, bem diferente do desastre da crise de 1998 quando não tínhamos reservas suficientes.
Ter reservas suficientes será política de todo futuro governo, e precisamos ficar atentos e protestar se um futuro presidente decidir torrar as reservas, como algo custoso e desnecessário.
Empresas de Classe Mundial
A idéia de que nações deveriam ser tão eficientes como empresas, que deveríamos criar governos bem administrados e empresas de classe mundial não era bem aceita no passado no Brasil, e nem é até hoje entre alguns partidos políticos deste país, que são contra grandes empresas em geral.
Mas é uma antiga bandeira de administradores, e nestes últimos 30 anos há milhares de livros publicados sobre empresas de classe mundial, nunca lidos por membros do governo.
Michael Porter, que foi meu colega em Harvard em 1972, escreveu um influente livro “A Vantagem Competitiva das Nações”. Criou a disciplina de Administração Econômica, o uso de técnicas administrativas para fomentar a Riqueza das Nações.
O mundo, para quem não leu esta linha de pesquisa, será eventualmente dominado por 3000 empresas, 10 empresas distribuídas entre 300 setores importantes da economia, a grosso modo obviamente.
Isto pode assustar muita gente, mas assusta ainda mais se pensarmos que o Brasil nunca se interessou em criar as suas próprias empresas globais para poder melhor competir.
Em 1987, apresentamos Michael Porter ao então Ministro da Fazenda, Bresser Pereira, mas o interesse foi pequeno. Infelizmente, porque na época o Brasil não tinha mais do que duas empresas deste porte, a Vale e a Petrobras. Quando deveria no mínimo ter uns 5% das empresas de Classe Mundial do mundo, ou seja 150 empresas e não duas.
Ao contrario do que muitos imaginam, Lula leu este livro, ou pelo menos um resumo, tanto é que se confunde as vezes citando a “vantagem comparativa das nações”, e não a "vantagem competitiva das nações".
Como a tentativa de aproximar Michael Porter com o governo não ocorreu, por 25 anos mostrei nas Edições de Melhores e Maiores a necessidade de termos empresas de classe mundial. Por isto só posso elogiar um governo que adota teses caras aos administradores há longa data.
Fiz uma palestra na FIESP em 1991, no início do movimento da globalização, onde mostrei ao Conselho da Fiesp, presidido por Mario Amato, que a 500a. maior empresa nacional, num ranking global, caía para a 20.000a. posição. Ou seja seria uma empresa insignificante.
De importante no Brasil, a 500 ésima viraria uma mosca no contexto da globalização.
A maioria dos presentes, da Cofap, da Metal Leve, da Prosdócimo, não se tornaram empresas de classe mundial apesar do alerta. Pior, viraram subsidiárias de empresas estrangeiras em vez de empresas de classe internacional.
Perdemos assim toda a nossa indústria de autopeças e eletroeletrônica, por falta de visão governamental de que empresas brasileiras precisavam ser competitivas a nível mundial.
A tônica de 30 anos de política econômica era impedir inclusive que estas empresas virassem oligopolistas, havia um forte sentimento anti-grande empresa, que perdura até hoje,
A Telebrás, por exemplo, foi pulverizada em nada menos que dezesseis empresas, justamente para impedir o surgimento do “Big Business”. Telefônicas estatais estrangeiras puderam comprar empresas de telefonia brasileiras, o que mostra que o intuito não era privatizar e sim pulverizar o capital.
Nós administradores, também acreditamos em pulverizar e enfraquecer o “capital”, mas não criando empresas fracas, e sim criando capitalistas fracos, onde nenhum é majoritário, via empresas de capital aberto e pulverizado. Enfraquecendo sempre o capitalista, não a empresa.
Assim em vez de consolidar os setores de autopeças, eletroeletrônico, mecânica, etc..., acabamos entregando estes setores a empresas de classe mundial estrangeiras.
Lula numa reunião do Conselho de Economia, se não me engano em 2004, anunciou sua política de empresas de classe mundial, desta forma:
“Precisamos ter empresas líderes mundialmente, empresas capazes de impor seus preços em escala mundial.”
“Precisamos ter empresas líderes nos setores de Mineração, Frango, Papel e Celulose, Agropecuária, Bancos, Telecomunicações”, disse Lula.
A frase “empresas capazes de impor seus preços”, é inusitada no meio intelectual. Parece ser de um ultra-direitista falando, mas na realidade é simplesmente bom senso.
Trabalhadores sabem que empresas fracas sem “vantagens competitivas” significam sindicatos fracos.
Os economistas da CEPAL são conhecidos pela tese de que agricultura, pecuária e mineração eram péssimos setores e precisavam ser abandonados, porque “os termos de troca” sempre seriam desfavoráveis. Isto significava que trocaríamos cada vez mais minérios e produtos agrícolas por menos produtos industrializados.
Daí a tese da CEPAL de que deveríamos privilegiar a produção de produtos com "alto valor adicionado", como informática, bio-tecnologia etc ; e abandonar as commodities, minério, agricultura, café e frango. Imaginem se tivéssemos seguindo este caminho, como seria nossa situação hoje.
Para termos produtos com "elevado valor adicionado", é necessário enormes programas de ciência e tecnologia, com universidades com elevado alento inovador, pesquisa e inovação, escolas de administração independentes e cursos de empreendedorismo. E quem compra produtos com "elevado valor adicionado" são os ricos, exigindo assim uma industria exportadora ou uma sociedade com péssimos índices de distribuição da renda.
Acontece que temos um setor agrícola e de mineração e não temos universidades voltadas a criar produtos de consumo para as empresas, nem uma classe de ricos grande suficiente, como nos Estados Unidos.
A saída do impasse Cepalino é criar empresas fortes nos setores de agricultura, mineração e frango com capacidade de impor seus preços.
E é neste governo que vemos esta consolidação há tanto tempo defendida pela ciência da administração.
A Brasil Foods foi imposição de Lula, contra seu ex-ministro Luiz Furlan que tentava manter a Sadia como empresa familiar. Foi Lula quem defendeu a fusão com a empresa profissional Perdigão, administrada por administradores e não por membros de uma família.
É no governo Lula que vemos a fusão de Itaú-Unibanco, Marfrig, JBS, Duratex-Satipel, Dasa, VCP-Aracruz, criando empresas de classe internacional.
Decisão bastante criticada, em editoriais e artigos, com o temor que estas empresas usariam sua capacidade de determinar preço para abusar do consumidor nacional, ou que seria uma estatização indireta da economia. Ou que estaríamos criando empresas capitalistas fortes, em detrimento do consumidor.
Refutar estes temores requer um país onde o administrador tem colunas em revistas e jornais, onde professores de administração são sistematicamente ouvidos pela imprensa e pelo governo, o que ocorre em outros países mas não no Brasil
Rapidamente, lembre-se somente que a tendência das megas empresas é reduzir preços e não aumentá-los, vide Wall Mart.
Lulas sem dúvida criou o inicio de um movimento, que poderá ser mudado em próximos governos, o que seria um erro, porque ainda falta mais 140 empresas brasileiras de classe mundial para chegarmos às 150 que Michael Porter defendia há vinte anos.
Lembre-se que há uma ala do PT favorável a empresas multinacionais em detrimento a empresas nacionais. As empresas multinacionais eram dirigidas por administradores socialmente responsáveis, para os quais pagar trabalhadores um pouco mais não era o fim do mundo, especialmente com o acionista a 12.000 km de distancia e com pouco poder.
Diferente de negociar com o dono de uma empresa familiar brasileira, presente e achando que o aumento do salário sairia do seu próprio bolso.
Multinacionais por terem administração profissional eram mais eficientes e podiam oferecer salários maiores, o que a maioria das empresas familiares não podiam, e por isto as greves com empresas nacionais eram lutas de sobrevivência.
Não é por acaso que os sindicatos mais bem sucedidos foram as da industria automotiva, todas multinacionais. Lula faz parte da ala do PT que percebe a diferença entre empresas capitalistas e familiares e empresas de capital pulverizado administradas por administradores profissionais.
Estas empresas recém criadas estão agora aí para sempre. Nenhum governo futuro atreverá cindi-las ao meio novamente, e o sucesso delas certamente será um forte estímulo para provar que a tese original da Cepal estava certa mais com sugestões erradas e que Michael Porter e os milhares de professores e defensores de Empresas de Classe Mundial, de empresas Maiores e Melhores, estavam corretos.
O fim da âncora cambial
Em 2002, 40% da Dívida Interna era em Dólar e não em Real. Era a política da âncora cambial, iniciada em 1994.
Dívida interna deveria ser sempre em real, reza a boa administração financeira e o bom senso, a não ser se sua empresa é uma exportadora, o que governos não são.
Portanto, era má política financeira o Tesouro ter 40% da nossa dívida interna indexada ao dólar, a âncora cambial.
Além da dívida externa que também era totalmente em dólar, o que significava que crises externas desencadeavam também uma crise interna, tornando ambas as dívidas - interna e externa - mais difíceis de serem pagas, como de fato ocorreu no fim do primeiro mandato de FHC.
Nestes 7 anos da gestão Henrique Meirelles no Banco Central, mudamos o perfil da dívida interna dramaticamente. Não se pode dizer que foi uma simples continuação da política econômica de FHC, como muitos estão argumentando inclusive aqui nos comentários, porque foi uma mudança de 360 graus como mostra o gráfico abaixo.
Hoje temos um dívida interna 0% atrelada em dólar, 100% em real.
Ou seja, uma crise externa não mais afetará a dívida interna, como ficou provado em 2008.
Como temos reservas expressivas em dólares, financiadas por dívidas internas sem dúvida, o próximo governo, na realidade, receberá uma dívida 140% em Real, e Reservas em dólar de 40%, que entram como redutor da dívida, 140%-40% = 100%.
Ou seja, uma crise externa agora REDUZ A DÍVIDA INTERNA. Em vez de termos dois problemas, não temos nenhum, porque o que perdemos de um lado compensamos parcialmente do outro.
Prova disto é que passamos incólumes a crise de 2008, ao contrário do que previua maioria dos economistas ligados ao PSDB, PMDB, DEM etc. Em vez de pedir socorro ao FMI, como fizemos em 1998, o FMI pediu socorro ao Brasil. Isto não é continuação da política econômica do governo anterior, de forma alguma.
Não estou defendendo a "reeleição" do Lula, nem necessariamente a continuação do governo PT, como alguns estão aqui insinuando.
Estou defendendo que o Lula e Meirelles, não "traíram" o PT mantendo a política "neoliberal" do governo anterior. Pelo contrário, mudaram esta política, com ideias novas, abordagens novas, algo que muitos petistas radicais não estão percebendo.
Estes meus argumentos podem até esvaziar um pouco o discurso da Dilma, no sentido que nenhum governo futuro, acredito, irá reintroduzir a âncora cambial novamente, muito menos criar dívidas INTERNAS atreladas ao dólar. Nunca mais.
Portanto, investidor estrangeiro e brasileiro,fique tranquilo na intranquilidade que talvez teremos em 2010.
Você não precisa sair fugindo comprando dólar e mandando o dinheiro para um banco estrangeiro (quebrado) no exterior. Você estará mais seguro comprando títulos do governo brasileiro, denominados em reais, como fez Warren Buffet. Preciso dizer mais?
Publiquei em 2004 na Veja, o artigo "Faça um Colchão de Segurança", onde colocava uma preocupação com o baixo nível de reservas internacionais do Brasil na época, e que diante da crise que viria em 2008 foi presciente.
"Volatilidade faz parte da vida - e sempre fará. O correto é conviver com ela, e não tentar impedi-la.
Governos anteriores acreditavam que saberiam intervir inteligentemente no câmbio ou nos juros, a cada nova crise, e portanto acumular reservas seria desnecessário e custoso.
Nunca criamos reservas internacionais suficientes para enfrentar crises. Hoje (2004) temos somente 18 bilhões de dólares, dez dias de nosso PIB.
Reservas financeiras substanciais compram tranqüilidade e tempo, já que nenhuma crise dura para sempre.
TODAS as crises foram nefastas para o Brasil porque nossas reservas sempre terminaram antes. Criar reservas nunca foi nossa prioridade.
A China vive uma fase de prosperidade porque possui nada menos que 420 bilhões de dólares, o suficiente para enfrentar a pior crise que se possa imaginar.
Ninguém sabe como será o amanhã, exceto que teremos muitas crises pela frente. Se você tiver zero de reservas familiares, a crise o afetará 100%. Quanto mais reservas você tiver, menos ela o afetará.
Quem enfrenta uma crise sem ter reservas acaba contraindo mais dívidas, como sempre acontece com o Brasil.”
Gostaria de dizer que Lula leu este artigo na Veja e mandou o Banco Central começar a acumular os 200 bilhões de reservas que acabou nos protegendo da crise de 2008.
Certamente foi incentivado por Henrique Meirelles, primeiro administrador financeiro guinado ao Banco Central, que pensa como todo administrador.
Reservas internacionais será um legado do governo Lula, que nenhum sucessor terá coragem de desmontar.
Dizer que Lula surfou a onda dos 18 bilhões de reservas deixadas pelo Plano Real é uma bobagem monumental. 18 bilhões não seguram crise alguma, desaparecem em duas semanas, como desapareceram em 1998 no final do Primeiro Mandato de FHC.
Lula ao criar estas reservas de 200 bilhões lutou contra dezenas de especialistas, inclusive economistas de seu próprio partido, que achavam que 200 bilhões de reservas deveriam ser gastos em "saúde e educação".
Estas reservas, apesar de óbvias, eram politicamente complicadas devido ao seu custo elevadíssimo.
O governo tinha que financiá-las a um juro interno de 16% ao ano, e só recebia 4% de juros quando aplicadas em títulos estrangeiros.
A crise americana de 2008 foi até uma benção, ao provar a tese de que reservas são necessárias, sempre. Nunca mais teremos que recorrer ao FMI, ou à amizade de um Bill Clinton.
Estas reservas acumuladas por Lula serão um legado para sempre. Nos salvou da crise de 2008, bem diferente do desastre da crise de 1998 quando não tínhamos reservas suficientes.
Ter reservas suficientes será política de todo futuro governo, e precisamos ficar atentos e protestar se um futuro presidente decidir torrar as reservas, como algo custoso e desnecessário.
Empresas de Classe Mundial
A idéia de que nações deveriam ser tão eficientes como empresas, que deveríamos criar governos bem administrados e empresas de classe mundial não era bem aceita no passado no Brasil, e nem é até hoje entre alguns partidos políticos deste país, que são contra grandes empresas em geral.
Mas é uma antiga bandeira de administradores, e nestes últimos 30 anos há milhares de livros publicados sobre empresas de classe mundial, nunca lidos por membros do governo.
Michael Porter, que foi meu colega em Harvard em 1972, escreveu um influente livro “A Vantagem Competitiva das Nações”. Criou a disciplina de Administração Econômica, o uso de técnicas administrativas para fomentar a Riqueza das Nações.
O mundo, para quem não leu esta linha de pesquisa, será eventualmente dominado por 3000 empresas, 10 empresas distribuídas entre 300 setores importantes da economia, a grosso modo obviamente.
Isto pode assustar muita gente, mas assusta ainda mais se pensarmos que o Brasil nunca se interessou em criar as suas próprias empresas globais para poder melhor competir.
Em 1987, apresentamos Michael Porter ao então Ministro da Fazenda, Bresser Pereira, mas o interesse foi pequeno. Infelizmente, porque na época o Brasil não tinha mais do que duas empresas deste porte, a Vale e a Petrobras. Quando deveria no mínimo ter uns 5% das empresas de Classe Mundial do mundo, ou seja 150 empresas e não duas.
Ao contrario do que muitos imaginam, Lula leu este livro, ou pelo menos um resumo, tanto é que se confunde as vezes citando a “vantagem comparativa das nações”, e não a "vantagem competitiva das nações".
Como a tentativa de aproximar Michael Porter com o governo não ocorreu, por 25 anos mostrei nas Edições de Melhores e Maiores a necessidade de termos empresas de classe mundial. Por isto só posso elogiar um governo que adota teses caras aos administradores há longa data.
Fiz uma palestra na FIESP em 1991, no início do movimento da globalização, onde mostrei ao Conselho da Fiesp, presidido por Mario Amato, que a 500a. maior empresa nacional, num ranking global, caía para a 20.000a. posição. Ou seja seria uma empresa insignificante.
De importante no Brasil, a 500 ésima viraria uma mosca no contexto da globalização.
A maioria dos presentes, da Cofap, da Metal Leve, da Prosdócimo, não se tornaram empresas de classe mundial apesar do alerta. Pior, viraram subsidiárias de empresas estrangeiras em vez de empresas de classe internacional.
Perdemos assim toda a nossa indústria de autopeças e eletroeletrônica, por falta de visão governamental de que empresas brasileiras precisavam ser competitivas a nível mundial.
A tônica de 30 anos de política econômica era impedir inclusive que estas empresas virassem oligopolistas, havia um forte sentimento anti-grande empresa, que perdura até hoje,
A Telebrás, por exemplo, foi pulverizada em nada menos que dezesseis empresas, justamente para impedir o surgimento do “Big Business”. Telefônicas estatais estrangeiras puderam comprar empresas de telefonia brasileiras, o que mostra que o intuito não era privatizar e sim pulverizar o capital.
Nós administradores, também acreditamos em pulverizar e enfraquecer o “capital”, mas não criando empresas fracas, e sim criando capitalistas fracos, onde nenhum é majoritário, via empresas de capital aberto e pulverizado. Enfraquecendo sempre o capitalista, não a empresa.
Assim em vez de consolidar os setores de autopeças, eletroeletrônico, mecânica, etc..., acabamos entregando estes setores a empresas de classe mundial estrangeiras.
Lula numa reunião do Conselho de Economia, se não me engano em 2004, anunciou sua política de empresas de classe mundial, desta forma:
“Precisamos ter empresas líderes mundialmente, empresas capazes de impor seus preços em escala mundial.”
“Precisamos ter empresas líderes nos setores de Mineração, Frango, Papel e Celulose, Agropecuária, Bancos, Telecomunicações”, disse Lula.
A frase “empresas capazes de impor seus preços”, é inusitada no meio intelectual. Parece ser de um ultra-direitista falando, mas na realidade é simplesmente bom senso.
Trabalhadores sabem que empresas fracas sem “vantagens competitivas” significam sindicatos fracos.
Os economistas da CEPAL são conhecidos pela tese de que agricultura, pecuária e mineração eram péssimos setores e precisavam ser abandonados, porque “os termos de troca” sempre seriam desfavoráveis. Isto significava que trocaríamos cada vez mais minérios e produtos agrícolas por menos produtos industrializados.
Daí a tese da CEPAL de que deveríamos privilegiar a produção de produtos com "alto valor adicionado", como informática, bio-tecnologia etc ; e abandonar as commodities, minério, agricultura, café e frango. Imaginem se tivéssemos seguindo este caminho, como seria nossa situação hoje.
Para termos produtos com "elevado valor adicionado", é necessário enormes programas de ciência e tecnologia, com universidades com elevado alento inovador, pesquisa e inovação, escolas de administração independentes e cursos de empreendedorismo. E quem compra produtos com "elevado valor adicionado" são os ricos, exigindo assim uma industria exportadora ou uma sociedade com péssimos índices de distribuição da renda.
Acontece que temos um setor agrícola e de mineração e não temos universidades voltadas a criar produtos de consumo para as empresas, nem uma classe de ricos grande suficiente, como nos Estados Unidos.
A saída do impasse Cepalino é criar empresas fortes nos setores de agricultura, mineração e frango com capacidade de impor seus preços.
E é neste governo que vemos esta consolidação há tanto tempo defendida pela ciência da administração.
A Brasil Foods foi imposição de Lula, contra seu ex-ministro Luiz Furlan que tentava manter a Sadia como empresa familiar. Foi Lula quem defendeu a fusão com a empresa profissional Perdigão, administrada por administradores e não por membros de uma família.
É no governo Lula que vemos a fusão de Itaú-Unibanco, Marfrig, JBS, Duratex-Satipel, Dasa, VCP-Aracruz, criando empresas de classe internacional.
Decisão bastante criticada, em editoriais e artigos, com o temor que estas empresas usariam sua capacidade de determinar preço para abusar do consumidor nacional, ou que seria uma estatização indireta da economia. Ou que estaríamos criando empresas capitalistas fortes, em detrimento do consumidor.
Refutar estes temores requer um país onde o administrador tem colunas em revistas e jornais, onde professores de administração são sistematicamente ouvidos pela imprensa e pelo governo, o que ocorre em outros países mas não no Brasil
Rapidamente, lembre-se somente que a tendência das megas empresas é reduzir preços e não aumentá-los, vide Wall Mart.
Lulas sem dúvida criou o inicio de um movimento, que poderá ser mudado em próximos governos, o que seria um erro, porque ainda falta mais 140 empresas brasileiras de classe mundial para chegarmos às 150 que Michael Porter defendia há vinte anos.
Lembre-se que há uma ala do PT favorável a empresas multinacionais em detrimento a empresas nacionais. As empresas multinacionais eram dirigidas por administradores socialmente responsáveis, para os quais pagar trabalhadores um pouco mais não era o fim do mundo, especialmente com o acionista a 12.000 km de distancia e com pouco poder.
Diferente de negociar com o dono de uma empresa familiar brasileira, presente e achando que o aumento do salário sairia do seu próprio bolso.
Multinacionais por terem administração profissional eram mais eficientes e podiam oferecer salários maiores, o que a maioria das empresas familiares não podiam, e por isto as greves com empresas nacionais eram lutas de sobrevivência.
Não é por acaso que os sindicatos mais bem sucedidos foram as da industria automotiva, todas multinacionais. Lula faz parte da ala do PT que percebe a diferença entre empresas capitalistas e familiares e empresas de capital pulverizado administradas por administradores profissionais.
Estas empresas recém criadas estão agora aí para sempre. Nenhum governo futuro atreverá cindi-las ao meio novamente, e o sucesso delas certamente será um forte estímulo para provar que a tese original da Cepal estava certa mais com sugestões erradas e que Michael Porter e os milhares de professores e defensores de Empresas de Classe Mundial, de empresas Maiores e Melhores, estavam corretos.
O fim da âncora cambial
Em 2002, 40% da Dívida Interna era em Dólar e não em Real. Era a política da âncora cambial, iniciada em 1994.
Dívida interna deveria ser sempre em real, reza a boa administração financeira e o bom senso, a não ser se sua empresa é uma exportadora, o que governos não são.
Portanto, era má política financeira o Tesouro ter 40% da nossa dívida interna indexada ao dólar, a âncora cambial.
Além da dívida externa que também era totalmente em dólar, o que significava que crises externas desencadeavam também uma crise interna, tornando ambas as dívidas - interna e externa - mais difíceis de serem pagas, como de fato ocorreu no fim do primeiro mandato de FHC.
Nestes 7 anos da gestão Henrique Meirelles no Banco Central, mudamos o perfil da dívida interna dramaticamente. Não se pode dizer que foi uma simples continuação da política econômica de FHC, como muitos estão argumentando inclusive aqui nos comentários, porque foi uma mudança de 360 graus como mostra o gráfico abaixo.
Hoje temos um dívida interna 0% atrelada em dólar, 100% em real.
Ou seja, uma crise externa não mais afetará a dívida interna, como ficou provado em 2008.
Como temos reservas expressivas em dólares, financiadas por dívidas internas sem dúvida, o próximo governo, na realidade, receberá uma dívida 140% em Real, e Reservas em dólar de 40%, que entram como redutor da dívida, 140%-40% = 100%.
Ou seja, uma crise externa agora REDUZ A DÍVIDA INTERNA. Em vez de termos dois problemas, não temos nenhum, porque o que perdemos de um lado compensamos parcialmente do outro.
Prova disto é que passamos incólumes a crise de 2008, ao contrário do que previua maioria dos economistas ligados ao PSDB, PMDB, DEM etc. Em vez de pedir socorro ao FMI, como fizemos em 1998, o FMI pediu socorro ao Brasil. Isto não é continuação da política econômica do governo anterior, de forma alguma.
Não estou defendendo a "reeleição" do Lula, nem necessariamente a continuação do governo PT, como alguns estão aqui insinuando.
Estou defendendo que o Lula e Meirelles, não "traíram" o PT mantendo a política "neoliberal" do governo anterior. Pelo contrário, mudaram esta política, com ideias novas, abordagens novas, algo que muitos petistas radicais não estão percebendo.
Estes meus argumentos podem até esvaziar um pouco o discurso da Dilma, no sentido que nenhum governo futuro, acredito, irá reintroduzir a âncora cambial novamente, muito menos criar dívidas INTERNAS atreladas ao dólar. Nunca mais.
Portanto, investidor estrangeiro e brasileiro,fique tranquilo na intranquilidade que talvez teremos em 2010.
Você não precisa sair fugindo comprando dólar e mandando o dinheiro para um banco estrangeiro (quebrado) no exterior. Você estará mais seguro comprando títulos do governo brasileiro, denominados em reais, como fez Warren Buffet. Preciso dizer mais?
sábado, 7 de novembro de 2009
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
terça-feira, 3 de novembro de 2009
sábado, 31 de outubro de 2009
Envelhecer
Arnaldo Antunes / Ortinho / Marcelo Jeneci
a coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer
a barba vai descendo e os cabelos vão caindo pra cabeça aparecer
os filhos vão crescendo e o tempo vai dizendo que agora é pra valer
os outros vão morrendo e a gente aprendendo a esquecer
não quero morrer pois quero ver como será que deve ser envelhecer
eu quero é viver pra ver qual é e dizer venha pra o que vai acontecer
eu quero que o tapete voe
no meio da sala de estar
eu quero que a panela de pressão pressione
e que a pia comece a pingar
eu quero que a sirene soe
e me faça levantar do sofá
eu quero por Rita Pavone
no ringtone do meu celular
eu quero estar no meio do ciclone
pra poder aproveitar
e quando eu esquecer meu próprio nome
que me chamem de velho gagá
pois ser eternamente adolescente nada é mais demodé
com os ralos fios de cabelo sobre a testa que não pára de crescer
não sei porque essa gente vira a cara pro presente e esquece de aprender
que felizmente ou infelizmente sempre o tempo vai correr
não quero morrer pois quero ver como será que deve ser envelhecer
eu quero é viver pra ver qual é e dizer venha pra o que vai acontecer
eu quero que o tapete voe…
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Xico Graziano fala sobre MST e Agricultura Familiar
Farsesca agrária
Por: Xico Graziano
Engenheiro Agrônomo, mestre em Economia Rural e doutor em Administração. Atual secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
Preciosas informações sobre o campo foram recentemente divulgadas pelo IBGE. Elas confirmam o crescimento da agricultura familiar, cujas unidades passaram de 4,1 milhões para 4,5 milhões. Significam agora 88% do número total de estabelecimentos agropecuários do País. A força do pequeno.
Esse interessante fenômeno da economia rural carece de melhor análise acadêmica. Certamente, porém, o apoio do Estado tem sido fundamental nesse processo, desde a criação do Programa Nacional de Fortalecimento da agricultura Familiar (Pronaf). Isso ocorreu em 1995.
Os petistas inquietam-se e escondem a inveja. Mas foi o presidente Fernando Henrique Cardoso que, pela primeira vez, formulou uma política específica para essa categoria de pequenos agricultores, articulada então pelo agrônomo Murilo Flores, da Embrapa. Com inédita metodologia, valorizando o uso do trabalho, e não o tamanho da terra, o governo apartou uma parcela dos recursos do crédito rural, direcionando-a para os chamados agricultores familiares. Hoje se colhem os bons frutos dessa importante política agrícola.
Estudos conduzidos por Carlos Guanziroli, Antônio Márcio Buainain e Alberto Di Sabbato relatam que, em 2006, os agricultores familiares respondiam por 40% do valor da produção agropecuária, ante 37,9% em 1996. No emprego, incluindo os membros da família, o segmento absorve 13 milhões de pessoas, ou seja, 78,8% do total da mão de obra ocupada no campo. Celeiro de gente trabalhadora.
Os assentamentos de reforma agrária, embora incipientes, também contribuíram para ampliar o espaço da pequena produção rural. Tanto é que as maiores variações positivas na participação da agricultura familiar ocorreram nas Regiões Norte e Nordeste, onde, por sinal, passaram a dominar a produção agropecuária. Fim do coronelismo.
Tais dados, obtidos a partir do último Censo Agropecuário, destroem certo discurso boboca que brada estar o modelo do agronegócio acabando com a pequena agricultura. Acontece justamente o inverso. Novas tecnologias, mercados integrados e apoio do governo robustecem a produção familiar no campo.
Caso único. Em todos os setores da economia ocorre concentração de capital. No sistema financeiro, nos supermercados, nas farmácias, nos postos de gasolina, no comércio varejista, por onde se olha, empresas se fundem, aumenta a escala da produção, as vendas se agigantam. Poucos, aliás, combatem politicamente esse transcurso cruel dos negócios urbanos, em que os grandes engolem os pequenos. Parece normal na moderna economia. Na agropecuária, entretanto, a roda gira diferente. A agricultura familiar se fortalece juntamente com a grande empresa rural. Mesmo assim, curiosamente, o discurso atrasado contra o agronegócio teima em persistir, como se a mentira repetida se transformasse em verdade. Os combatentes da moderna agropecuária, qual dom Quixote, bradam contra moinhos de vento.
De onde surge tal delírio ideológico, conforme o denomina Zander Navarro? Certamente do equívoco, elementar, que distingue agricultura familiar do agronegócio, como se ambas as categorias fossem opostas, e não complementares. Ora, familiar não significa ser miserável no campo, embora muita pobreza exista por lá.
O sucesso do programa de agricultura familiar reside exatamente na ideia de que, ao investir em tecnologia e ganhar produtividade, o pequeno produtor se qualifica para participar do mundo do agronegócio. Assim procedem milhões de antigos agricultores, todos querendo escapar da sofrida subsistência, ganhar seu dinheiro, educar suas crianças, ter saúde, crescer na vida. Uma política agrária moderna procura livrar o agricultor de sua submissão histórica, emancipando-o econômica e culturalmente, transformando-o em pequeno empresário. agronegócio familiar.
Quem, violentamente, combate o agronegócio e, idilicamente, defende os agricultores familiares comete um pecado conceitual. Milhões de excelentes produtores de café, soja, feijão, arroz, leite, carne, mandioca, frutas, verduras dependem do agronegócio para viver. Desejosos do progresso, buscaram financiamentos do Pronaf, aprimoraram-se tecnicamente, organizaram-se em cooperativas, vendem com qualidade. Pequenos na roça, gigantes no mercado.
O discurso esquerdista que opõe o agronegócio à agricultura familiar cheira a um populismo antigo, baseado naquele desejo de tutelar a miséria rural, roubando dos camponeses pobres seu próprio destino. Nada mais adequado à manipulação política do que tratar os pequenos agricultores como coitados, cultivando sua dependência histórica. Falsos líderes gostam da subserviência do povo, um terreno onde a esquerda e a direita autoritárias se confundem facilmente.
As laranjas padeceram noutro dia, arrasadas pelo banditismo rural. A fama da fruta já anda balançada com tanto escândalo financeiro, pois a mídia insiste, sem que ninguém explique direito o porquê, em chamar de laranjas aqueles que disfarçam o crime de lavagem de dinheiro. Desta vez, apanharam diretamente, destruídas pela raiva dos invasores de terras. O laranjal virou personagem de um triste filme agrário. Uma farsesca.
Por detrás, nos bastidores da trama, o argumento ignóbil: laranja não é comida e, não sendo familiar, o agronegócio da citricultura não interessa à sociedade. Portanto, dane-se a produção, esqueça o emprego, pau no laranjal. Besteirol puro.
O MST inventa assunto para esconder a insanidade de sua luta autoritária. Ao combater o agronegócio, imagina voltar ao tempo do pé de laranja no fundo do quintal, poleiro de galinhas caipiras. No fundo, paradoxalmente, alimenta-se da miséria rural.
Por: Xico Graziano
Engenheiro Agrônomo, mestre em Economia Rural e doutor em Administração. Atual secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
Preciosas informações sobre o campo foram recentemente divulgadas pelo IBGE. Elas confirmam o crescimento da agricultura familiar, cujas unidades passaram de 4,1 milhões para 4,5 milhões. Significam agora 88% do número total de estabelecimentos agropecuários do País. A força do pequeno.
Esse interessante fenômeno da economia rural carece de melhor análise acadêmica. Certamente, porém, o apoio do Estado tem sido fundamental nesse processo, desde a criação do Programa Nacional de Fortalecimento da agricultura Familiar (Pronaf). Isso ocorreu em 1995.
Os petistas inquietam-se e escondem a inveja. Mas foi o presidente Fernando Henrique Cardoso que, pela primeira vez, formulou uma política específica para essa categoria de pequenos agricultores, articulada então pelo agrônomo Murilo Flores, da Embrapa. Com inédita metodologia, valorizando o uso do trabalho, e não o tamanho da terra, o governo apartou uma parcela dos recursos do crédito rural, direcionando-a para os chamados agricultores familiares. Hoje se colhem os bons frutos dessa importante política agrícola.
Estudos conduzidos por Carlos Guanziroli, Antônio Márcio Buainain e Alberto Di Sabbato relatam que, em 2006, os agricultores familiares respondiam por 40% do valor da produção agropecuária, ante 37,9% em 1996. No emprego, incluindo os membros da família, o segmento absorve 13 milhões de pessoas, ou seja, 78,8% do total da mão de obra ocupada no campo. Celeiro de gente trabalhadora.
Os assentamentos de reforma agrária, embora incipientes, também contribuíram para ampliar o espaço da pequena produção rural. Tanto é que as maiores variações positivas na participação da agricultura familiar ocorreram nas Regiões Norte e Nordeste, onde, por sinal, passaram a dominar a produção agropecuária. Fim do coronelismo.
Tais dados, obtidos a partir do último Censo Agropecuário, destroem certo discurso boboca que brada estar o modelo do agronegócio acabando com a pequena agricultura. Acontece justamente o inverso. Novas tecnologias, mercados integrados e apoio do governo robustecem a produção familiar no campo.
Caso único. Em todos os setores da economia ocorre concentração de capital. No sistema financeiro, nos supermercados, nas farmácias, nos postos de gasolina, no comércio varejista, por onde se olha, empresas se fundem, aumenta a escala da produção, as vendas se agigantam. Poucos, aliás, combatem politicamente esse transcurso cruel dos negócios urbanos, em que os grandes engolem os pequenos. Parece normal na moderna economia. Na agropecuária, entretanto, a roda gira diferente. A agricultura familiar se fortalece juntamente com a grande empresa rural. Mesmo assim, curiosamente, o discurso atrasado contra o agronegócio teima em persistir, como se a mentira repetida se transformasse em verdade. Os combatentes da moderna agropecuária, qual dom Quixote, bradam contra moinhos de vento.
De onde surge tal delírio ideológico, conforme o denomina Zander Navarro? Certamente do equívoco, elementar, que distingue agricultura familiar do agronegócio, como se ambas as categorias fossem opostas, e não complementares. Ora, familiar não significa ser miserável no campo, embora muita pobreza exista por lá.
O sucesso do programa de agricultura familiar reside exatamente na ideia de que, ao investir em tecnologia e ganhar produtividade, o pequeno produtor se qualifica para participar do mundo do agronegócio. Assim procedem milhões de antigos agricultores, todos querendo escapar da sofrida subsistência, ganhar seu dinheiro, educar suas crianças, ter saúde, crescer na vida. Uma política agrária moderna procura livrar o agricultor de sua submissão histórica, emancipando-o econômica e culturalmente, transformando-o em pequeno empresário. agronegócio familiar.
Quem, violentamente, combate o agronegócio e, idilicamente, defende os agricultores familiares comete um pecado conceitual. Milhões de excelentes produtores de café, soja, feijão, arroz, leite, carne, mandioca, frutas, verduras dependem do agronegócio para viver. Desejosos do progresso, buscaram financiamentos do Pronaf, aprimoraram-se tecnicamente, organizaram-se em cooperativas, vendem com qualidade. Pequenos na roça, gigantes no mercado.
O discurso esquerdista que opõe o agronegócio à agricultura familiar cheira a um populismo antigo, baseado naquele desejo de tutelar a miséria rural, roubando dos camponeses pobres seu próprio destino. Nada mais adequado à manipulação política do que tratar os pequenos agricultores como coitados, cultivando sua dependência histórica. Falsos líderes gostam da subserviência do povo, um terreno onde a esquerda e a direita autoritárias se confundem facilmente.
As laranjas padeceram noutro dia, arrasadas pelo banditismo rural. A fama da fruta já anda balançada com tanto escândalo financeiro, pois a mídia insiste, sem que ninguém explique direito o porquê, em chamar de laranjas aqueles que disfarçam o crime de lavagem de dinheiro. Desta vez, apanharam diretamente, destruídas pela raiva dos invasores de terras. O laranjal virou personagem de um triste filme agrário. Uma farsesca.
Por detrás, nos bastidores da trama, o argumento ignóbil: laranja não é comida e, não sendo familiar, o agronegócio da citricultura não interessa à sociedade. Portanto, dane-se a produção, esqueça o emprego, pau no laranjal. Besteirol puro.
O MST inventa assunto para esconder a insanidade de sua luta autoritária. Ao combater o agronegócio, imagina voltar ao tempo do pé de laranja no fundo do quintal, poleiro de galinhas caipiras. No fundo, paradoxalmente, alimenta-se da miséria rural.
Os 12 Apóstolos de FHC
Os 12 Apóstolos de FHC
Por Neves
Quanta blasfêmia. Toda essa polêmica começou pelo acerto antecipado do PMDB com a candidatura Dilma. Então, para descobrir quem são os judas na jogada, fui pesquisar o governo FHC e alguns apóstolos que o acompanharam. É certo que Jesus não faria acordo com ateu, principalmente um que se associa aos Demos mas, por enquanto, Lula também não fechou acordo com o Fariseu Henrique Cardoso:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Ministros_do_Governo_FHC
“… com a reforma ministerial implementada por Fernando Henrique Cardoso, Renan Calheiros foi indicado pelo senador Jader Barbalho (PMDB-PA) para ocupar o Ministério da Justiça, em substituição a Íris Resende, que se desincompatibilizara para concorrer ao governo do estado de Goiás. Apesar das resistências ao seu nome, uma vez ter sido ele líder do ex-presidente Fernando Collor, a indicação foi mantida e Renan tomou posse no dia 7 de abril de 1998″.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Renan_Calheiros
“… conquistou seis mandatos consecutivos para a Câmara Federal, da qual se afastou apenas para ocupar secretarias de Estado e o Ministério do Meio Ambiente, no governo de Fernando Henrique Cardoso”.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sarney_Filho
“Exerceu o cargo de ministro da Justiça, de 1º de janeiro de 1995 a 7 de abril de 1997, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Em 25 de julho de 2007 assume o cargo de Ministro da Defesa do governo Lula …”
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nelson_Jobim
“Em 1985, durante o processo de redemocratização, filiou-se ao PFL, atual DEM … Em 2005 filiou-se ao PL (hoje Partido da República), e hoje apoia o presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Inocencio_de_Oliveira
“… fez parte da bancada de apoio ao então presidente Fernando Henrique Cardoso. Nas eleições de 1998 concorre a uma vaga ao Senado Federal mas não logra êxito. Após, assumiu o cargo de assessor especial no Palácio do Planalto, onde permaneceria até 2002 …”
http://pt.wikipedia.org/wiki/Moreira_Franco
“… ministro da Agricultura no governo José Sarney e da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso (FHC). Atualmente é novamente prefeito da capital do estado pelo PMDB”.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Iris_Rezende
“Todos os seus mandatos foram exercidos no PMDB, ao qual é filiado desde 1966, quando o partido era denominado MDB. Ocupou o Ministério dos Transportes, no governo FHC, a partir de 1997″.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eliseu_Padilha
“Em janeiro de 2002, Ney Suassuna é nomeado pelo então presidente da Républica Fernando Henrique Cardoso para assumir o Ministério da Integração Nacional”.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ney_Suassuna
Por Neves
Quanta blasfêmia. Toda essa polêmica começou pelo acerto antecipado do PMDB com a candidatura Dilma. Então, para descobrir quem são os judas na jogada, fui pesquisar o governo FHC e alguns apóstolos que o acompanharam. É certo que Jesus não faria acordo com ateu, principalmente um que se associa aos Demos mas, por enquanto, Lula também não fechou acordo com o Fariseu Henrique Cardoso:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Ministros_do_Governo_FHC
“… com a reforma ministerial implementada por Fernando Henrique Cardoso, Renan Calheiros foi indicado pelo senador Jader Barbalho (PMDB-PA) para ocupar o Ministério da Justiça, em substituição a Íris Resende, que se desincompatibilizara para concorrer ao governo do estado de Goiás. Apesar das resistências ao seu nome, uma vez ter sido ele líder do ex-presidente Fernando Collor, a indicação foi mantida e Renan tomou posse no dia 7 de abril de 1998″.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Renan_Calheiros
“… conquistou seis mandatos consecutivos para a Câmara Federal, da qual se afastou apenas para ocupar secretarias de Estado e o Ministério do Meio Ambiente, no governo de Fernando Henrique Cardoso”.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sarney_Filho
“Exerceu o cargo de ministro da Justiça, de 1º de janeiro de 1995 a 7 de abril de 1997, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Em 25 de julho de 2007 assume o cargo de Ministro da Defesa do governo Lula …”
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nelson_Jobim
“Em 1985, durante o processo de redemocratização, filiou-se ao PFL, atual DEM … Em 2005 filiou-se ao PL (hoje Partido da República), e hoje apoia o presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Inocencio_de_Oliveira
“… fez parte da bancada de apoio ao então presidente Fernando Henrique Cardoso. Nas eleições de 1998 concorre a uma vaga ao Senado Federal mas não logra êxito. Após, assumiu o cargo de assessor especial no Palácio do Planalto, onde permaneceria até 2002 …”
http://pt.wikipedia.org/wiki/Moreira_Franco
“… ministro da Agricultura no governo José Sarney e da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso (FHC). Atualmente é novamente prefeito da capital do estado pelo PMDB”.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Iris_Rezende
“Todos os seus mandatos foram exercidos no PMDB, ao qual é filiado desde 1966, quando o partido era denominado MDB. Ocupou o Ministério dos Transportes, no governo FHC, a partir de 1997″.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eliseu_Padilha
“Em janeiro de 2002, Ney Suassuna é nomeado pelo então presidente da Républica Fernando Henrique Cardoso para assumir o Ministério da Integração Nacional”.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ney_Suassuna
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
terça-feira, 20 de outubro de 2009
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
domingo, 18 de outubro de 2009
Poços de Caldas anos 50
Me lembro de Monicats num dia de viagem pelo interior de São Paulo pra irmos ao Shopping Dom Pedro em Campinas/SP. Acabamos chegando em Poços de Caldas/MG, ao subirmos a serra uma chuva "gigante" nos pegou enquanto curtíamos Capital Inicial. Foi um especial pois no fim do dia terminamos a "aventura" em Guaxupé/MG dormindo o fim de semana na Fazenda Floresta Negra. Um lugar magnífico! Saudades de Monicats me retornam ao passado.
Diego Figueiredo
Apresentação que rendeu o 2ºLUGAR no GIBSON GUITAR COMPETITION em Montreux-Suiça, executando “Brigas nunca mais” de Tom Jobim.
sábado, 17 de outubro de 2009
Porque devemos reciclar?!
A reciclagem do óleo usado tráz grandes benefícios ao meio ambiente. Há quem o transforme em sabão, ração animal, tintas, vernizes, biodiesel, artefatos explosivos, cosméticos e componentes para outras indústrias. A quantidade de lixo produzida diariamente por um ser humano é de aproximadamente 5 Kg.
Se somarmos toda a produção mundial, os números são assustadores.
Só o Brasil produz 240 000 toneladas de lixo por dia.
O aumento excessivo da quantidade de lixo se deve ao aumento do poder aquisitivo e pelo perfil de consumo de uma população. Além disso, quanto mais produtos industrializados, mais lixo é produzido, como embalagens, garrafas,etc. Apenas 11% do lixo no Brasil é reciclado.
Reciclagem é um termo originalmente utilizado para indicar o reaproveitamento (ou a reutilização) de um polímero no mesmo processo em que, por alguma razão foi rejeitado.
Com a colaboração da população, podemos facilitar ainda mais o processo de reciclagem. A reciclagem do material é muito importante, não apenas para diminuir o acúmulo de dejetos, como também para poupar a natureza da extração inesgotável de recursos. Veja como fazer a coleta seletiva e dar a sua parcela de contribuição na preservação do meio ambiente.
Por que devemos reciclar?
Porque reciclar é 15 vezes mais barato do que jogar o lixo em aterros.
Nos países desenvolvidos como a França e Alemanha, a iniciativa privada é encarregada do lixo. Fabricantes de embalagens são considerados responsáveis pelo destino do lixo e o consumidor também tem que fazer sua parte. Por exemplo, quando uma pessoa vai comprar uma pilha nova, é preciso entregar a usada.
Uma garrafa plástica ou vidro pode levar 1 milhão de anos para decompor-se. Uma lata de alumínio, de 80 a 100 anos, o óleo vegetal usado impermeabiliza a terra e a deixa improdutiva, além de poluir o lençol freático. Porém todo esse material pode ser reaproveitado, transformando-se em novos produtos ou matéria prima, sem perder as propriedades.
Separando todo o lixo produzido em residências, estaremos evitando a poluição e impedindo que a sucata se misture aos restos de alimentos, facilitando assim seu reaproveitamento pelas indústrias. Além disso, estaremos poupando a meio ambiente e contribuindo para o nosso bem estar no futuro, ou você quer ter sua água racionada, seus filhos com sede, com problemas respiratórios?
Algumas Vantagens:
• Cada 50 quilos de papel usado, transformado em papel novo, evita que uma árvore seja cortada. Pense na quantidade de papel que você já jogou fora até hoje e imagine quantas árvores você poderia ter ajudado a preservar.
• Cada 50 quilos de alumínio usado e reciclado, evita que sejam extraídos do solo cerca de 5.000 quilos de minério, a bauxita.
• Quantas latinhas de refrigerantes você já jogou até hoje?
• Com um quilo de vidro quebrado, faz-se exatamente um quilo de vidro novo. E a grande vantagem do vidro é que ele pode ser reciclado infinitas vezes.
Agora imagine só os aterros sanitários: quanto material que está lá, ocupando espaço, e poderia ter sido reciclado!
• Economia de energia e matérias-primas. Menos poluição do ar, da água e do solo.
• Melhora a limpeza da cidade, pois o morador que adquire o hábito de separar o lixo, dificilmente o joga nas vias públicas.
• Gera renda pela comercialização dos recicláveis. Diminui o desperdício.
• Gera empregos para os usuários dos programas sociais e de saúde da Prefeitura.
• Dá oportunidade aos cidadãos de preservarem a natureza de uma forma concreta, tendo mais responsabilidade com o lixo que geram.
Benefícios da Reciclagem
A produção de lixo vem aumentando assustadoramente em todo o planeta. O lixo é o maior causador da degradação do meio ambiente e pesquisas indicam que cada ser humano produz, em média, pouco mais que 1 quilo de lixo por dia. Desta forma, será inevitável o desenvolvimento de uma cultura de reciclagem, tendo em vista a escassez dos recursos naturais não renováveis e a falta de espaço para acondicionar tanto lixo.
Todo lixo produzido, normalmente é recolhido pelos caminhões e levado até as centrais de reciclagem e lá é separado e classificado para o reaproveitamento. Muitas famílias sobrevivem da venda deste material. A separação do lixo, orgânico (molhado) do inorgânico (seco), é importantíssima para o processo da reciclagem, uma vez que, quando misturado dificulta no processo de "garimpagem" dos catadores de lixo.
Algumas constatações merecem destaque por sua importância: as garrafas de refrigerantes (PET) são transformadas em tecido para fazer calça jeans; uma tonelada de plástico reciclada economiza 130 quilos de petróleo; depois de reciclado, o plástico ainda pode virar carpetes, mangueiras, cordas, sacos, pára-choques; reciclar uma tonelada de papel poupa 22 árvores, consome 71% menos energia elétrica e polui o ar 74% menos do que fabricá-la; Reciclar 1 litro de óleo vegetal usado poupa 0,700kg de carbono e deixa de poluir 20 mil litros de águas potáveis.
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Segundo a Oil World, o Brasil produz 9 bilhões de litros de óleos vegetais por ano. Desse volume produzido, 1/3 vai para óleos comestíveis. O consumo per capita fica em torno de 20 litros/ano, o que resulta em uma produção de 3 bilhões de litros de óleos por ano no país. Se levarmos em consideração o montante coletado de óleos vegetais usados no Brasil, temos algo em torno de 1% a 2% do total produzido, ou seja, 1 milhão e meio de litros de óleos usados. E o restante?
Cremos que mais de 200 milhões de litros de óleos usados por mês vá para rios e lagos comprometendo o meio ambiente de hoje e do futuro.
Se coletado, este volume poderia colaborar com 80% da produção do B3 aqui no Brasil com custo 20% reduzido.
Hoje o óleo é o maior poluidor de águas doces e salgadas das regiões mais adensadas do Brasil.
Embora o óleo represente uma porcentagem ínfima do lixo, o seu impacto ambiental é muito grande, representando o equivalente da carga poluidora de 40.000 habitantes por tonelada de óleo despejado em corpos d'água. Apenas um litro de óleo é capaz de esgotar o oxigênio de até 20 mil litros de água, formando, em poucos dias, uma fina camada sobre uma superfície de 100 m2, o que bloqueia a passagem de ar e luz, impedindo a respiração e a fotossíntese
Outro ponto importante em relação ao uso de óleo é a maneira como ele é jogado fora. Jogá-lo pela pia, além de entupir a rede, é prejudicial ao meio ambiente. Há quem fale em colocar o resíduo dentro de uma garrafa plástica e jogá-la no lixo. No entanto essa não é a melhor solução, pois, em caso de vazamento, o resíduo pode contaminar águas subterrâneas.
O óleo vegetal usado que é coletado nos PEV (Postos de Entrega Voluntária) é tratado e enviado a indústrias de biodiesel, sabão, outros óleos, componentes para indústria química e de moldes, tintas, vernizes e artefatos explosivos.
Se somarmos toda a produção mundial, os números são assustadores.
Só o Brasil produz 240 000 toneladas de lixo por dia.
O aumento excessivo da quantidade de lixo se deve ao aumento do poder aquisitivo e pelo perfil de consumo de uma população. Além disso, quanto mais produtos industrializados, mais lixo é produzido, como embalagens, garrafas,etc. Apenas 11% do lixo no Brasil é reciclado.
Reciclagem é um termo originalmente utilizado para indicar o reaproveitamento (ou a reutilização) de um polímero no mesmo processo em que, por alguma razão foi rejeitado.
Com a colaboração da população, podemos facilitar ainda mais o processo de reciclagem. A reciclagem do material é muito importante, não apenas para diminuir o acúmulo de dejetos, como também para poupar a natureza da extração inesgotável de recursos. Veja como fazer a coleta seletiva e dar a sua parcela de contribuição na preservação do meio ambiente.
Por que devemos reciclar?
Porque reciclar é 15 vezes mais barato do que jogar o lixo em aterros.
Nos países desenvolvidos como a França e Alemanha, a iniciativa privada é encarregada do lixo. Fabricantes de embalagens são considerados responsáveis pelo destino do lixo e o consumidor também tem que fazer sua parte. Por exemplo, quando uma pessoa vai comprar uma pilha nova, é preciso entregar a usada.
Uma garrafa plástica ou vidro pode levar 1 milhão de anos para decompor-se. Uma lata de alumínio, de 80 a 100 anos, o óleo vegetal usado impermeabiliza a terra e a deixa improdutiva, além de poluir o lençol freático. Porém todo esse material pode ser reaproveitado, transformando-se em novos produtos ou matéria prima, sem perder as propriedades.
Separando todo o lixo produzido em residências, estaremos evitando a poluição e impedindo que a sucata se misture aos restos de alimentos, facilitando assim seu reaproveitamento pelas indústrias. Além disso, estaremos poupando a meio ambiente e contribuindo para o nosso bem estar no futuro, ou você quer ter sua água racionada, seus filhos com sede, com problemas respiratórios?
Algumas Vantagens:
• Cada 50 quilos de papel usado, transformado em papel novo, evita que uma árvore seja cortada. Pense na quantidade de papel que você já jogou fora até hoje e imagine quantas árvores você poderia ter ajudado a preservar.
• Cada 50 quilos de alumínio usado e reciclado, evita que sejam extraídos do solo cerca de 5.000 quilos de minério, a bauxita.
• Quantas latinhas de refrigerantes você já jogou até hoje?
• Com um quilo de vidro quebrado, faz-se exatamente um quilo de vidro novo. E a grande vantagem do vidro é que ele pode ser reciclado infinitas vezes.
Agora imagine só os aterros sanitários: quanto material que está lá, ocupando espaço, e poderia ter sido reciclado!
• Economia de energia e matérias-primas. Menos poluição do ar, da água e do solo.
• Melhora a limpeza da cidade, pois o morador que adquire o hábito de separar o lixo, dificilmente o joga nas vias públicas.
• Gera renda pela comercialização dos recicláveis. Diminui o desperdício.
• Gera empregos para os usuários dos programas sociais e de saúde da Prefeitura.
• Dá oportunidade aos cidadãos de preservarem a natureza de uma forma concreta, tendo mais responsabilidade com o lixo que geram.
Benefícios da Reciclagem
A produção de lixo vem aumentando assustadoramente em todo o planeta. O lixo é o maior causador da degradação do meio ambiente e pesquisas indicam que cada ser humano produz, em média, pouco mais que 1 quilo de lixo por dia. Desta forma, será inevitável o desenvolvimento de uma cultura de reciclagem, tendo em vista a escassez dos recursos naturais não renováveis e a falta de espaço para acondicionar tanto lixo.
Todo lixo produzido, normalmente é recolhido pelos caminhões e levado até as centrais de reciclagem e lá é separado e classificado para o reaproveitamento. Muitas famílias sobrevivem da venda deste material. A separação do lixo, orgânico (molhado) do inorgânico (seco), é importantíssima para o processo da reciclagem, uma vez que, quando misturado dificulta no processo de "garimpagem" dos catadores de lixo.
Algumas constatações merecem destaque por sua importância: as garrafas de refrigerantes (PET) são transformadas em tecido para fazer calça jeans; uma tonelada de plástico reciclada economiza 130 quilos de petróleo; depois de reciclado, o plástico ainda pode virar carpetes, mangueiras, cordas, sacos, pára-choques; reciclar uma tonelada de papel poupa 22 árvores, consome 71% menos energia elétrica e polui o ar 74% menos do que fabricá-la; Reciclar 1 litro de óleo vegetal usado poupa 0,700kg de carbono e deixa de poluir 20 mil litros de águas potáveis.
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Segundo a Oil World, o Brasil produz 9 bilhões de litros de óleos vegetais por ano. Desse volume produzido, 1/3 vai para óleos comestíveis. O consumo per capita fica em torno de 20 litros/ano, o que resulta em uma produção de 3 bilhões de litros de óleos por ano no país. Se levarmos em consideração o montante coletado de óleos vegetais usados no Brasil, temos algo em torno de 1% a 2% do total produzido, ou seja, 1 milhão e meio de litros de óleos usados. E o restante?
Cremos que mais de 200 milhões de litros de óleos usados por mês vá para rios e lagos comprometendo o meio ambiente de hoje e do futuro.
Se coletado, este volume poderia colaborar com 80% da produção do B3 aqui no Brasil com custo 20% reduzido.
Hoje o óleo é o maior poluidor de águas doces e salgadas das regiões mais adensadas do Brasil.
Embora o óleo represente uma porcentagem ínfima do lixo, o seu impacto ambiental é muito grande, representando o equivalente da carga poluidora de 40.000 habitantes por tonelada de óleo despejado em corpos d'água. Apenas um litro de óleo é capaz de esgotar o oxigênio de até 20 mil litros de água, formando, em poucos dias, uma fina camada sobre uma superfície de 100 m2, o que bloqueia a passagem de ar e luz, impedindo a respiração e a fotossíntese
Outro ponto importante em relação ao uso de óleo é a maneira como ele é jogado fora. Jogá-lo pela pia, além de entupir a rede, é prejudicial ao meio ambiente. Há quem fale em colocar o resíduo dentro de uma garrafa plástica e jogá-la no lixo. No entanto essa não é a melhor solução, pois, em caso de vazamento, o resíduo pode contaminar águas subterrâneas.
O óleo vegetal usado que é coletado nos PEV (Postos de Entrega Voluntária) é tratado e enviado a indústrias de biodiesel, sabão, outros óleos, componentes para indústria química e de moldes, tintas, vernizes e artefatos explosivos.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
sábado, 10 de outubro de 2009
Novos radares em rodovias brasileiras
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
sábado, 3 de outubro de 2009
Discursos Olímpicos de Obama x Lula - Porque o Brasil levou!
Assistam o discurso de Obama, e depois comparem-na com a do Lula.
Lembre-se que Obama é formado por Harvard, seu gost-writer também é formado por uma Ivy League, com anotações e sugestões do próprio Obama. O texto do Lula também não foi escrito por ele, mas tem suas anotações, veto e sugestões.
Obama usou I (eu) nada menos do que 20 vezes. I, my father, my town, my children, wy wife, um narcisismo e egocentrismo assustador. Obama começa seu discurso com I COME HERE, e só no terceiro minuto usa um argumento pró Estados Unidos. Que eles são administrativamente mais eficientes, o que pode até ser verdade. Termina com "we want", "we urge" que vocês votem em nós.
Lula não usou a primeira pessoa a não ser em "meu país", "meus amigos". Já nos primeiros 30 segundos coloca dois fortes argumentos para o Brasil.
Lula e Obama ambos leram e aprovaram seus discursos antes de apresentá-los, e portanto tirem suas conclusões.
A começar pela quantidade de "propaganda" nos vídeos do Obama - soberba total!!
Lembre-se que Obama é formado por Harvard, seu gost-writer também é formado por uma Ivy League, com anotações e sugestões do próprio Obama. O texto do Lula também não foi escrito por ele, mas tem suas anotações, veto e sugestões.
Obama usou I (eu) nada menos do que 20 vezes. I, my father, my town, my children, wy wife, um narcisismo e egocentrismo assustador. Obama começa seu discurso com I COME HERE, e só no terceiro minuto usa um argumento pró Estados Unidos. Que eles são administrativamente mais eficientes, o que pode até ser verdade. Termina com "we want", "we urge" que vocês votem em nós.
Lula não usou a primeira pessoa a não ser em "meu país", "meus amigos". Já nos primeiros 30 segundos coloca dois fortes argumentos para o Brasil.
Lula e Obama ambos leram e aprovaram seus discursos antes de apresentá-los, e portanto tirem suas conclusões.
A começar pela quantidade de "propaganda" nos vídeos do Obama - soberba total!!
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
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